Solidariedade fecha com souto e deixa Medrado sem saida
Há muito tempo que a política brasileira vem semeando vícios que não cabem mais no atual modelo de sociedade, aberta e transparente, que se quer manter no Brasil.
O coronelismo, a barganha de apoio e a troca de vantagens vem perdendo espaço para, ainda que de forma tímida, a busca do consenso ideológico.
Muito embora, no Brasil ainda se conviva com uma enxurrada de siglas de aluguel que brotam a cada eleição como capim na beira da estrada, é patente que o eleitor, que está mais atendo ao dia a dia da política, não fica satisfeito com este modelo de partidarismo.
Partidos cuja a ideologia e filosofia existem apenas no empoeirado estatuto que mofa no fundo de alguma gaveta em um luxuoso escritório que serve de sede para a dita sigla já não tem tanto espaço em nossos dias. é preciso ter bandeira. A visão do jovem eleitor, e até dos mais velhos, passa pela necessidade de defender pontos de vistas. A discussão das questões nacionais exige partidos que tenha claras as suas orientações ideológicas.
Na contra-mão
Foi com esta aposta que muito pensaram na prevalência do deputado Marcos Medrado que, a revelia da Cúpula do Solidariedade, firmou um acordo com o governador Jaques Wagner comprometendo a sigla a apoiar o candidato petista nas próximas eleições que se avizinha. O acordo, que tinha por finalidade dotar o grupo petista dos preciosos segundos na tv que o Solidariedade ostenta – Tal qual dona Baratinha, no conto infantil – resultou ainda na ida do pupilo do clã Medrado para a Emtursa, empresa responsável apenas pela gestão do turismo em um estado que deve boa parte de suas divisas a esta rubrica. Quebraram a cara!
Assim, a decisão do Solidariedade em apoiar Paulo Souto deixa o deputado em situação delicada. em primeiro lugar, devido a sua insistência em caminhar com um opositor que não tem poupado esforços para repetir a dose de oito anos atrás; Em segundo lugar, por quê o enfraquece dentro da sigla partidário, onde ele próprio fomentou uma queda de braço com o deputado Arthuir Maia e, de forma acachapante, perdeu a briga.
Agora, resta saber se o deputado Medrado caminhará, a revelia da orientação do seu partido, com as hostes petistas ou se se juntará aos Democratas na condição de achego?
Opinião Bahia