Japão x Grécia termina em empate
O que diferenciou o primeiro e o segundo jogos da Grécia na Copa do Mundo de 2014 foi o adversário. Se na estreia a equipe grega levou 3 a 0 da boa seleção da Colômbia, nesta quinta-feira, em Natal, segurou o empate por 0 a 0 apenas porque enfrentou o Japão, cujo poder de fogo é bastante limitado.
Ficou evidente nos dois jogos que a retranca da Grécia não impõe mais respeito. A estratégia persiste, o que mudou, para pior, foi a eficiência. Mesmo com dez homens atrás da linha de meio-campo durante os 90 minutos na Arena das Dunas, o time grego permitiu ao Japão fazer seu jogo, trocar passes com liberdade e rondar com perigo o gol de Karnezis. Faltou um centroavanate qualificado para balançar as redes.
Ataque é a melhor defesa
Ironicamente, a Grécia mostrou mais competência no ataque que na defesa. Sinal de que, quem sabe, seja hora de deixar velhos conceitos de lado. Que o digam Kone e Torosidis, que finalizaram com perigo contra o gol de Kawashima em duas boas tramas ofensivas, ambas em velocidade e com boa troca de passes.
Do lado japonês, com espaço para criar e 68% de posse de bola, os lances de perigo se sucederam. Osako, em dois chutes de fora da área, e Honda, em cobrança de falta da meia-lua, criaram as melhores oportunidades. O goleiro Karnezis foi bem em duas delas, e a outra passou rente à trave.
Um homem a menos
Os problemas da Grécia aumentaram aos 35 minutos, quando MItrogolou, principal atacante da equipe, saiu lesionado. Dois minutos depois, o que já era ruim ficou pior com a expulsão de Katsouranis por falta dura em Hasebe.
O Japão até demorou a aproveitar a vantagem, e os melhores lances vieram lá pelos 25 minutos. Num deles, Uchida recebeu lindo lançamento de Kagawa dentro da área e rolou para trás. Okubo apareceu sozinho no segundo pau, sem ângulo, e mandou por cima do gol. Em seguida, o cruzamento veio da esquerda, Papastathopoulos se enrolou todo e Uchida veio por trás, mas chutou para fora.
Com o passar do tempo, o cansaço aumentou, os gregos recuaram ainda mais e preencheram a área com todos os seus jogadores. Somadas a incompetência do ataque japonês à boa jornada do goleiro Karnezis, o empate por 0 a 0 persistiu até o final..
(IG)