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Mais uma instituição prevê crescimento menor do Brasil

Agora, foi a vez da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne os países desenvolvidos, diminuir de 2,2% para 1,8% sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro – um ritmo menor do que o estimado, por exemplo, para a economia mundial (3,4%) e para os EUA (2,6%), que se recuperam de uma crise. Antes dela, FMI e Cepal tinham feito o mesmo. Governo e mercado também preveem um número mais baixo. 
O FMI, por exemplo, reduziu sua previsão pela terceira vez em abril, que passou para 1,8%, o mesmo número da OCDE, e para 2,7% no ano que vem. A Cepal é um pouco mais otimista, fala em 2,3%, mas ainda está abaixo do crescimento esperado para a América Latina e o Caribe (27%) e para o México (3%).
E as revisões não foram feitas só por instituições de fora. O próprio governo já deixou passar uma projeção menor para o crescimento do PIB deste ano. Apesar de constar 2,5% no Orçamento, numa apresentação feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o número era 2,3%, mesmo ritmo de crescimento que a economia brasileira viu em 2013.
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central também estão reduzindo suas “apostas”. Esperam um crescimento de 1,63% para o PIB de 2014. 
Seja qual for o número, ele mostrará que a economia está crescendo muito pouco, abaixo do potencial, enquanto a inflação anda alta. Na sexta-feira, o IBGE divulgará os números de abril. O dado mensal deve desacelerar, mas em 12 meses, a inflação pode encostar no teto da meta, segundo as previsões. E nos próximos meses ficará acima de 6,5%, o que é perigoso. O mercado acha que o IPCA terminará o ano no limite permitido. Crescimento baixo com inflação alta não é uma boa combinação para o Brasil. 
Por Valéria Maniero

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