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Gene do câncer de mama pode causar também o aumento do cérebro

O BRCA1 gene do câncer que mantém os tumores na mama e nos ovários através da produção de proteínas que reparam o DNA danificado, também podem regular o tamanho do cérebro. Ratos portadores de uma cópia do gene têm 10 vezes menos neurônios e outras anormalidades no cérebro, é o que sugere um novo estudo. Esses efeitos dramáticos em tamanho e função do cérebro são improváveis ??em humanos portadores do câncer, destacam os autores do estudo, mas os resultados propõem estudos sobre a evolução do gene no cérebro, é o que relata uma matéria da revista Science desta semana.
Os cientistas há muito tempo sabem que o gene BRCA1 é um sentinela importante contra danos ao DNA que podem levar ao câncer de ovário e de mama. Mais da metade das mulheres com cópia do gene BRCA1 vão desenvolver câncer de mama, uma estatística que levou algumas que carregam a mutação a obterem mastectomias preventivas. Mas seus papéis fora da mama e dos ovários não são claros, diz Inder Verma, um geneticista e biólogo molecular do Instituto Salk para Estudos Biológicos, em San Diego, Califórnia, que liderou o novo estudo. Ratos criados sem o gene BRCA1 morreram logo após o nascimento, por isso é claro que o gene é necessário para sustentar a vida, mas os cientistas estão apenas começando a desvendar as suas muitas funções, ele diz.
A matéria diz que há vários anos um dos alunos no laboratório de Verma notou que o BRCA1 é muito ativo no neuroectoderma, um pedaço de tecido embrionário que contém células tronca neurais que dividem e diferenciam-se em vasta variedade do cérebro de tipos e estruturas celulares. Verma e seus colegas se perguntaram por que o gene foi expresso em níveis tão altos na região, e o que aconteceria se fosse eliminado. Eles criaram uma linhagem de camundongos em que o BRCA1 foi eliminado apenas nas células tronco neurais. Como os ratos desenvolveram, a equipe de Verma descobriu que os cérebros dos roedores eram apenas um terço do seu tamanho normal, com reduções particularmente marcantes em áreas do cérebro envolvidas na aprendizagem e memória. Os ratos cultivados também tinham uma desordem neurológica que afeta o controle muscular e o equilíbrio.
(Jornal do Brasil)

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