Brasileira surda voltará a ouvir graças a implante biônico
Vítima de um problema de saúde que tirou sua audição há 10 anos, Eudiléia Silva vai voltar a escutar nos próximos dias. Tudo graças a um novo dispositivo nela implantado por meio de uma cirurgia realizada em Campinas no fim de janeiro.
O aparelho se chama Bonebridge. “Nele, dois microfones captam o som e o transformam em vibração – que é transmitida pelos ossos do crânio e lida pela cóclea como som”, afirma Elidiane de Souza, gerente de produtos da Phonak – empresa que vende o Bonebridge no Brasil.
Público-alvo
O aparelho é recomendado para pessoas que tenham perdido a audição de um dos ouvidos – já que é capaz de transmitir o som para a outra orelha.
O implante é simples e, um mês após a cirurgia, o paciente já está apto a ouvir. Além de Eudiléia, outros três pessoas no Brasil já usam o Bonebridge.
Vantagens
Para Vagner Silva, primeiro médico a fazer um implante de Bonebridge no país, o grande benefício do aparelho em relação a outros dispositivos auditivos é o fato do implante ficar embaixo da pele (com o microfone externo ligado a ele por um imã).
“Isso reduz a chance de infecções”, afirma ele. Em outros implantes auditivos, uma parte da pele é retirada – com o aparelho ficando à mostra e sujeito à contaminação.
Além disso, o Bonebridge permite que o paciente realize exames de ressonância magnética normalmente – outra vantagem em relação a outros aparelhos. Entretanto, ainda se trata de uma tecnologia cara. Hoje, um implante sai por mais de 40 mil reais.
Fila
Mesmo assim, cerca de 20 pacientes estão na fila de espera para fazerem o implante – segundo dados fornecidos pela Phonak.
Um dos planos da empresa para o futuro é oferecer o Bonebridge nas unidades de saúde pública do país.
(Exame)