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Alimento orgânico não protege mulheres contra o câncer

Dar preferência a alimentos orgânicos não diminui o risco de câncer em mulheres, concluiu um novo estudo da Universidade Oxford, na Grã-Bretanha, contrariando algumas evidências que defendem o consumo desses produtos.
Alimentos orgânicos geralmente são cultivados sem pesticidas e fertilizantes e/ou sem antibióticos e hormônios de crescimento. Um estudo americano publicado em 2012 que revisou mais de 200 pesquisas sobre o assunto já havia indicado que esses produtos não são mais nutritivos do que os produzidos de maneira convencional, embora sejam menos expostos a agrotóxicos.
Os pesticidas são amplamente utilizados na agricultura e existe uma grande preocupação se eles aumentam o risco de câncer, mas ainda não há evidencias suficientes para dizer se isso realmente acontece.
Comparação — O novo trabalho, publicado nesta sexta-feira na revista médica British Journal of Cancer, se baseou nos dados de cerca de 600.000 mulheres com mais de 50 anos que haviam participado de um levantamento nacional na Grã-Bretanha. Os pesquisadores levaram em consideração a prevalência dos dezesseis tipos mais comuns de câncer entre mulheres ao longo de nove anos.
O estudo não encontrou diferenças significativas no risco desses tipos de câncer entre mulheres que consumiam alimentos orgânicos e aquelas que ingeriam produtos convencionais.
“Esse estudo acrescenta evidências de que comer alimentos orgânicos não reduz o risco geral de câncer. Mas, se uma pessoa se preocupa muito com o pesticida em frutas e vegetais, pode ser uma boa ideia lavar bem esses alimentos antes de comê-los”, diz Claire Knight, especialista da instituição Cancer Research UK, em comunicado divulgado pela Universidade Oxford.
“Cientistas estimam que quase 5% dos casos de câncer na Grã-Bretanha se devem ao fato de as pessoas não comerem quantidades suficientes de frutas e vegetais. Então, uma dieta balanceada rica nesses alimentos, independentemente se convencionais ou orgânicos, pode ser eficaz em diminuir esse risco”, diz Claire.
(Veja)

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