Resistência a remédios ameaça progresso contra a tuberculose
Os casos de tuberculose e as mortes pela doença diminuíram desde 2012, mas avanços no controle da infecção pulmonar estão sob ameaça pela crescente resistência aos medicamentos.
Em seu relatório anual sobre a tuberculose, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o mundo se encaminha para cumprir a meta da ONU de reverter a incidência a tuberculose até 2015 e reduzir sua mortalidade pela metade em relação a 1990.
No entanto, 3 milhões de tuberculosos estão fora dos sistemas de saúde, e cepas bacterianas super-resistentes estão ameaçando o progresso.
“Um número muito grande de pessoas está ainda deixando de ser atendido, e sofrendo como resultado disso”, afirmou Mario Raviglione, diretor do Programa Global de Tuberculose da OMS. “Elas não são diagnosticadas, ou não são tratadas, ou as informações sobre a qualidade do atendimento que elas recebem é desconhecida.” A tuberculose costuma ser vista como uma doença do passado, mas o surgimento na última década de cepas intratáveis com as drogas existentes fez desse um dos mais prementes problemas de saúde do mundo.
De todas as doenças infecciosas, só a Aids mata mais que a tuberculose.
Em 2012, estimadas 8,6 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose, e 1,3 milhão morreram por causa da doença, incluindo 320 mil mortes entre pessoas portadoras do vírus da Aids, segundo o relatório de quarta-feira da OMS. Em 2011, havia 8,7 milhões de casos, e ocorreram 1,4 milhão de mortes.
(Exame)