Vereadores pedem a suspensão da audiência sobre o Projeto Linha Viva
De grande impacto ambiental e social, o Projeto Linha Viva implica na remoção de cerca de três mil pessoas do bairro de Saramandaia, dentre outras desapropriações. “Não há razões para iniciar um processo ainda considerado inconstitucional e que se configura incerto. Além disso, a audiência não pode ser realizada porque descumpre a legislação no que se refere à participação popular”, afirmou a vereadora Aladilce Souza (PCdoB).
A legisladora faz referência a não instalação do Conselho da Cidade, instrumento criado através da Lei 7.400/2008 com o objetivo de promover a participação da sociedade no planejamento e gestão do uso do solo, habitação, saneamento ambiental e mobilidade urbana em Salvador. “Os cidadãos não tiveram, sequer, acesso a informações necessárias para possibilitar uma participação qualificada na audiência, como, por exemplo, a minuta do projeto. Um projeto dessa natureza e dimensão não pode ser executado sem que seja submetido ao crivo do Conselho da Cidade, que deve ser implementado antes de qualquer projeto”, finalizou Aladilce.
A representação foi encaminhada ao Procurador-Geral do MPE, Dr. Wellington César Lima e Silva, e assinada pela vereadora Aladilce Souza e vereadores Everaldo Augusto (PCdoB), Gilmar Santiago (PT), Hilton Coelho (PSOL), Sílvio Humberto (PSB), Arnando Lessa (PT) e Waldir Pires (PT).