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Compra de ingressos no escuro para Copa 2014 faz Procon alertar consumidor

A abertura de solicitação de ingressos para a Copa 2014 fez o Procon alertar para situações que podem dar um nó na cabeça do consumidor. O órgão lembra que o cadastramento, que começou na última terça-feira (20), não garante a compra da entrada e pede que os interessados leiam atentamente a regulamentação da Fifa antes de manifestarem interesse.

Outro ponto que chama atenção é para quais jogos que os ingressos estão sendo pedidos. Como as seleções que vão participar do Mundial ainda não estão definidas, não é possível comprar ingresso sabendo os adversários da primeira fase. Além disso, o pedido de compra também é feito no escuro porque os interessados selecionam apenas o setor do estádio, sem a opção de escolha do assento, tampouco a possibilidade de troca dos lugares demarcados.

Segundo a assessora de programas especiais do Procon, Maíra Feltrin, este processo tem dado nó na cabeça dos interessados. Maíra lembra que é importante prestar atenção nos termos de adesão desde a fase de cadastramento, já considerando valores os quais possa mesmo adquirir.

— Este processo da Fifa parece estar um pouco confuso mesmo. Até onde a gente consegue identificar, são alguns pontos que não estão claros para os torcedores. O que o Procon recomenda com mais força é que o consumidor tenha clareza para este processo. A venda efetiva começa em novembro, mas, desde já, há uma vinculação.

Lugares parecidos, preços nem tanto

A Fifa disponibiliza quatro categorias de ingressos para as partidas da Copa 2014. A categoria 1 tem os preços mais elevados e, em tese, os melhores lugares dos estádios; já a categoria 4 é a mais acessível, exclusiva para residentes no Brasil e geralmente localizada atrás dos gols e nos anéis mais altos das arquibancadas.  

Como os estádios da Copa do Mundo não têm limitação física entre os setores, como pedia o tão falado “padrão Fifa”, torcedores de diferentes categorias podem estar separados apenas por um corredor. Para a partida de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, um ingresso de categoria 1 custa R$ 990 e pode cair bem próximo ao de categoria 2, que custa R$ 330 a menos. Essa mesma diferença de lugares sobe para R$ 660 para a final em 13 de julho, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Não é possível trocar o assento atribuído pelos organizadores e também não há garantias que um mesmo grupo de solicitantes sentará próximo uns aos outros. De acordo com a Fifa, estas são questões intrínsecas à compra em divisão por categorias e estão detalhadas no Guia do Torcedor para Compra de Ingressos. A entidade explica ainda que é uma situação semelhante a ir ao cinema e sentar do lado de um espectador que pagou meia-entrada. Ou seja, a visão da tela será parecida, mas o preço diferente.

Para Maíra, estas foram questões debatidas ainda na elaboração da Lei Geral da Copa e agora é necessário seguir as regras específicas do jogo, atento para que não haja frustrações quanto à compra.

— Essas regras todas são um motivo a mais para reforçar as orientações do Procon. A disposição de lugares tem de estar bem clara para o consumidor e é preciso ficar bastante ligado. Qualquer dúvida neste sentido, qualquer solicitação deve ser manifestada para a Fifa. Sempre vale a pena o contato.

Nesta primeira fase de vendas, o torcedor tem até 10 de outubro para pedir os ingressos e só depois disso será realizado um sorteio para saber quais solicitações serão atendidas. O sorteio dos jogos da Copa do Mundo acontece em 6 de dezembro, em Salvador (BA).
(R7)

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