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Fundos de investimento têm captação líquida recorde no mês de maio

Os fundos de investimentos bateram recorde em captação líquida (diferença entre os depósitos e os saques) para o mês de maio, totalizando R$ 27,5 bilhões, informou nesta sexta-feira (7) a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Boa parte desse resultado positivo foi decorrente dos ingressos destinados a um fundo voltado a grandes investidores. O bom saldo de maio ajudou a impulsionar a captação líquida acumulada nos cinco primeiros meses do ano, que somou R$ 101,4 bilhões e também bateu recorde.
Por causa desse fundo do segmento Corporate (que não é voltado a pessoas físicas), a categoria de FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) foi destaque no mês, com captação líquida de R$ 12,4 bilhões.
As categorias Curto Prazo e Renda Fixa registraram a maior captação líquida acumulada no ano, de R$ 22,7 bilhões e R$ 22 bilhões, respectivamente. Os segmentos também responderam por quase a metade do resultado dos fundos no período.
Segundo a Anbima, boa parte da captação dos fundos de curto prazo pode ser explicada pelos ingressos de investidores do Poder Público. Na categoria ações, os fundos tiveram rentabilidade negativa, enquanto grande parcela dos produtos de renda fixa e multimercados teve resultado positivo.
“A industria mantém (este ano) o ritmo de crescimento forte dos últimos anos, com patrimônio de cerca de R$ 2,4 trilhões, e a perspectiva é que o crescimento continue no decorrer de 2013”, afirma Luiz Sorge, diretor da Anbima. Segundo ele, os fundos DI vêm perdendo um pouco de espaço, dando lugar a renda fixa, previdência e ações, enquanto a categoria de multimercado mantém a captação positiva. “Isso é consequência da mudança estrutural trazida pelas alterações na taxa de juros”, afirma, sobre o fato de o investidor que busca maior rentabilidade precisar se arriscar mais.
“Começa a se formar uma cultura de longo prazo no investidor de fundo. A gente tinha culturalmente, pela taxa de juros alta e pela inflação, uma dificuldade maior de se planejar no longo prazo”, afirma. “Hoje, existem alternativas com rentabilidade expressivas, e sempre vale a teoria da diversificação”, completa.
POUPANÇA
A caderneta poupança também registrou captação líquida recorde nos cinco primeiros meses do ano, informou o Banco Central na quinta-feira (6). A diferença entre depósitos e saques somou R$ 18,822 bilhões, no melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1995.
Segundo economistas, apesar de ter perdido parte de sua atratividade com a mudança nas regras, no ano passado, a poupança continua sendo o investimento escolhido pela maioria dos investidores pessoa física brasileiros. “”Mesmo que tenha uma remuneração menor, a poupança também segue atraente porque é isenta de impostos, não cobra taxas de administração e o investidor pode resgatar o valor investido a qualquer momento”, diz a consultora financeira Marcia Dessen.

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