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“Tenho que cobrar deste que foi eleito pelo povo”, diz Lessa

O vereador avaliou em Tribuna os quase 100 dias de mandato do prefeito e a falta de resposta no caso da Transcon
Imagem inline 1“Não tenho porque não cobrar do prefeito as explicações necessárias. Cobrar deste sim, que foi eleito pelo povo”, frisou o vereador Arnando Lessa (PT), na tarde desta segunda-feira (08.04), durante discurso na Tribuna da 23 ª sessão ordinária da Câmara Municipal, a necessidade de esclarecimentos, até agora não dados, sobre casos que já rolam e se enrolam nos quase 100 dias de mandato do prefeito, Acm Neto (DEM).
Entre as ações apontadas por Lessa, está o caso da “máfia” da Transferência do Direito de Construir (Transcon) – títulos emitidos pela prefeitura para compensar os proprietários de áreas desapropriadas para obras de construção civil na capital baiana – apontado pelo prefeito e seu secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, no mês de março.  
O silêncio criado após a denúncia fez o petista contestar as informações vinculadas pelo gestor do poder Executivo e, sobretudo o exercício da transparência utilizado por ele para definir sua gestão.
“Após denunciar a máfia, o prefeito coloca a cidade em interrogação. Quem são os mafiosos? Eles prestam serviços a quem? Quais foram as práticas que levaram esse prefeito a adjetivar o procedimento como mafioso”? indagou o vereador.
Longe das respostas, Lessa lembrou aos presentes a “responsabilidade que o prefeito tem em seu mandato e seu dever de não afirmar aquilo que não pode comprovar”. Quanto aos questionamentos e desistência que surgiram após a denúncia, o petista foi claro quanto a sua opinião. “Não adianta querer tergiversar e momentos outros negar a palavra máfia. A cidade precisa de respostas”.
Em curta definição sobre o desempenho do poder Executivo diante do caso, Arnando Lessa utilizou o termo prevaricação (omissão do agente público, quando indevidamente retarda ou deixa de praticar atos de oficio ou praticam contra a disposição legal expressa, visando satisfazer o interesse pessoal).
Em tom de alerta e preocupado com os novos rumos do caso, Lessa lembrou que a CEI proposta por ele e que necessita da assinatura de 22 parlamentares para ser apresentado e 29 para ser aprovado, continua a mercê do apoio da maioria. E completou: “não admito que esta Casa se omita e abra mão das suas prerrogativas legais e regimentais da Lei orgânica, que é de apurar os fatos”, concluiu.

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