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Médicos vão à polícia para denunciar condições de hospital em Cuiabá

Dois médicos do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) registraram boletim de ocorrência na polícia na última quinta-feira (11) para denunciar condições insuficientes de atendimento da unidade de saúde, que recebe pacientes oriundos de todas as partes do estado. Segundo o documento, lavrado na Central de Flagrantes da capital, setor do hospital conhecido como Sala Vermelha carece de equipamentos básicos para atendimento dos enfermos.
A Sala Vermelha é o setor da unidade onde são realizados atendimentos especiais de urgência. De acordo com o breve relato constante do boletim de ocorrência, no dia do registro o local estava sobrecarregado com 31 pacientes e sem a menor condição de trabalho.

Dentre os equipamentos relatados como em falta estavam ventilador mecânico, manguito para aparelho de pressão, monitores cardíacos e até macas.
Além disso, o número de funcionários disponíveis para o atendimento era considerado insuficiente: quando do registro do boletim de ocorrência, o setor contava com seis técnicos de enfermagem, dois enfermeiros e dois médicos (no caso, os próprios responsáveis pelo registro na polícia).
Durante coletiva de imprensa a respeito de vistoria de técnicos do governo federal no PSMC, o secretário municipal de Saúde, Kamil Fares, declarou que a diretora da unidade já estava devidamente informada acerca do registro de boletim de ocorrência no mesmo dia. Fares, contudo, minimizou o relato levado à polícia.
Sala Vermelha
Segundo ele, situações extremas na Sala Vermelha são previsíveis, mas a demanda oscila significativamente. Assim como é possível ocorrer sobrecarga, no dia seguinte é capaz de não haver tamanha demanda. “No domingo, por exemplo, não havia ninguém”, pondera Fares.
“Essa sala é chamada de sala de entrada: você não recusa nenhum tipo de paciente. Se tiver 30, se chegarem cinco, 10, 40, você vai acomodar e você consegue o atendimento”, afirmou o secretário, lembrando que no restante do hospital havia, no dia do boletim de ocorrência, cerca de outros 30 médicos para atendimento. Além disso, há sempre equipamentos de reserva no estoque, assegurou Fares.
O secretário insistiu que, apesar das denúncias e apontamentos de falhas feitos pela própria Prefeitura no PSMC, a unidade segue atendendo pessoas de todo o estado. Na última quinta-feira, especificamente, o que ocorreu foi a chegada de um paciente oriundo de uma policlínica com suspeita de dengue. O paciente entrou em pânico, enfatizou Fares, mas seus exames no PSMC apontaram número normal de plaquetas, de modo que não havia necessidade de alarde, mas mesmo assim “criou-se toda uma celeuma”, pontuou o secretário.
(G1)

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