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Governo vai aplicar R$ 2,2 bilhões por ano em aeroportos regionais

O governo federal vai aplicar R$ 2,2 bilhões por ano, a partir do ano que vem, na construção, reforma e ampliação de 270 aeroportos regionais, afirmou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. O dinheiro virá da operação dos três grandes terminais privados do País – Guarulhos (SP), Viracopos-Campinas (SP) e Brasília (DF) -, onde a Infraero conta com 49% de participação. Em 2013, o governo estima em R$ 1,1 bilhão os investimentos, a partir de agosto.
Com menos aeroportos rentáveis na carteira da Infraero, o governo Dilma Rousseff montou uma triangulação para que os dividendos gerados pela operação desses terminais privados voltem à estatal, e, assim, sejam aplicados nos pequenos aeroportos regionais. As concessionárias vão pagar os dividendos ao Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac), e esses recursos serão operados pela Infraero na “modernização” dos terminais.
“Nós perdemos nossa capacidade de investimento, e vamos perder ainda mais quando Galeão e Confins forem concedidos. Mas estruturamos a Infraero justamente para suportarmos a perda de receita. Nossos investimentos serão feitos com dinheiro do fundo”, afirmou Vale.
Quando ele assumiu a estatal, no início de 2011, a Infraero detinha o controle de 95% dos aeroportos brasileiros, em termos de receita operacional. Após a privatização de Confins (MG) e Galeão (RJ), prevista para o fim deste ano, a Infraero terá menos de 51% da malha.
“A Infraero realmente diminuiu, mas, até por isso, vamos ter uma operação mais direcionada, mais eficiente”, afirmou o presidente da estatal.

O governo deve autorizar que, a partir de 2014, parte das receitas de Galeão e Confins seja também transferida ao Fnac, mesmo antes da geração de dividendos, de forma a permitir que a Infraero mantenha os investimentos nos terminais menores. A aposta em Brasília é que os leilões, que devem ocorrer em setembro, atraiam diversos operadores internacionais, aumentando o preço pela concessão desses terminais.
(IG)

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