PolíticaSem categoria

Os novos conservadores

Por Denis Rosenfield
Há uma imensa confusão conceitual operante no Brasil, onde “movimentos sociais” e “partidos” se rotulam mutuamente de conservadores e progressistas, normalmente caracterizando os primeiros à direita e os segundos à esquerda. Assim, tem lugar um juízo de tipo moral e político, identificando os progressistas/esquerda como representantes do “bem”, do “correto” e do “justo”, reservando aos conservadores/direita o rótulo do “mau”, do “incorreto” e do “injusto”.
 Isto é particularmente visível na questão do ambientalismo e na constituição do novo partido de Marina Silva que, de Rede, só tem as malhas para capturar  incautos que embarcam em um projeto  personalista, voltado principalmente para viabilizar uma candidatura presidencial.
 O que chama a atenção é o fato de seus defensores e simpatizantes se representarem como “progressistas”, defendendo posições de esquerda, embora não queiram se dizer propriamente tais pelo espaço político que buscam preencher. Ou seja, o espaço da esquerda já está preenchido pelo PT, PSOL, PSB, PDT, PCdoB e até os tucanos se reclamam dessa concepção.
O embate eleitoral, dadas as condições políticas atuais para uma candidatura alternativa, deve buscar uma via intermediária, uma terceira opção. Eis a razão central de  Marina Silva evitar essa alternativa esquerda/direita, mas outra questão é a que diz respeito aos seus conceitos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *