Vereadores aproveitam bastidores de camarote para estreitar relacionamento
Com um disputado camarote, a Câmara de Salvador viu boa parte dos representantes da Casa do Povo curtir o Carnaval e aproveitar o burburinho dos bastidores para consolidar relações fora do legislativo. A cada dia, um novo bloco de vereadores se alternava em acompanhar o presidente da Casa, Paulo Câmara, que usou o ensejo do Carnaval para melhorar o relacionamento institucional da Câmara com outros poderes públicos.
“Achei o Carnaval de 2013 melhor que o do ano passado, mas a festa precisa ainda de muita organização. Na avaliação política da festa, eu faço uma avaliação muito positiva da participação da Câmara. Estive com o governador Jaques Wagner, com o prefeito ACM Neto e com representantes do Ministério Público Estadual e conversamos sobre a atuação do legislativo. Foram momentos importantes”, classificou Câmara.
Para o vereador Duda Sanches (PSD), “o Carnaval deste ano, comparado aos anos anteriores, está melhor, e a tendência é melhorar cada vez mais, aprimorando a logística e a inclusão de novos circuitos, a exemplo do Circuito Sérgio Bezerra, na Barra, que resgata as tradições da festa”. Duda Sanches também falou da atual gestão da Casa.
“O trabalho do presidente Paulo Câmara (PSDB) tem sido dos mais positivos e o reflexo pode ser sentido no próprio Camarote da Câmara”.
Lideranças de governo e de oposição também estavam em festa. Quando questionadas sobre o atual impasse no Legislativo, a presidência da Comissão de Transportes, Joceval Rodrigues (PPS) e Gilmar Santiago (PT), líderes de governo e oposição, respectivamente, mantiveram o mesmo tom adotado antes da festa.
“O acordo foi feito para que a comissão fique sob responsabilidade da oposição, então vamos aguardar para que seja cumprido”, defendeu o petista, que indicou o vereador Henrique Carballal (PT) como único representante oposicionista entre os sete que compõem o colegiado.
Já Joceval transferiu a responsabilidade da escolha para os integrantes da comissão, dominada, predominantemente, pelos governistas. “O debate dos próximos dias será em torno da presidência da Comissão de Transportes, mas não vamos discutir isso no Carnaval”, frisou.
No grupo dos vereadores que curtiam a folia de Momo, alguns aproveitavam para apresentar projetos ou ideias relacionadas à festa.
Fabíola Mansur (PSB) reclamou, por exemplo, do funcionamento da fila dos blocos, defendendo uma maior democratização da festa, com a ausência de cordas em alguns dias da folia. Euvaldo Jorge (PP) citou o apagão no circuito Barra-Ondina para avisar que proporá a proibição da venda de serpentinas metálicas na capital baiana.
Defensor da sustentabilidade, Marcell Moraes (PV) indicou um projeto para zerar as emissões de carbono durante a festa. Com o pé dentro da folia, os edis não esqueceram das obrigações enquanto integrantes da Câmara.(TB)