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PSC emplaca cargo no governo Jaques Wagner e mais 2 partidos estão na fila

Após negar que o ingresso na base governista estaria relacionado à barganha por cargos, o PSC, que teve a adesão confirmada recentemente, já conseguiu emplacar alguns espaços na gestão.
Conforme o próprio presidente estadual da sigla, Eliel Santana, já havia dado brechas em entrevista à Tribuna, o ex-superintendente da Codesal – Defesa Civil municipal, Osny Bonfim, vai presidir o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro). A posse de Bonfim aconteceu nessa segunda-feira (18/2), na sede do órgão, na Rua Minas Gerais, Pituba.
Além do Ibametro, o partido deve ganhar uma diretoria no Legislativo do estado e outras funções no segundo ou terceiro escalão da administração estadual. Entretanto, não apenas os socialistas cristãos se favoreceriam com postos no governo. O PR também está em clima de expansão quanto à participação no Executivo. Na conta dos que desejam maior valorização, o PDT também cobrou colocações de peso na gestão petista.
A concessão do Ibametro ao PSC é considerada um presente, após os partidários terem participado do palanque do ex-candidatoa prefeito, deputado federal Nelson Pelegrino (PT), no segundo turno da eleição.
Embora tenha ressaltado que não haveria troca de adesão por cargos, o dirigente do PSC voltou a destacar que o partido “tem diversos quadros técnicos capacitados para oferecer serviços ao governo”. Questionado sobre demais participações, ele disse que não haveria imposição por nomes, mas afirmou que à medida que as movimentações acontecessem, o PSC estaria à disposição. “Tudo sem pressa. Volto a reiterar que o objetivo do PSC é de contribuir. Queremos sentir que estamos sendo ouvidos, respeitados e valorizados”, afirmou.
Nos bastidores foi comentado que o seu nome está no páreo. “Estou mais focado na direção do partido. A intenção é ampliar o número de filiados para pré-candidaturas a deputado federal e estadual”, disse. Sobre a diretoria da Assembleia, ele explicou que não estaria relacionada à negociação com o governo. “Fomos agora convidados a retornar a um posto, mas nada a ver com o governo, pois isso aconteceu antes”, disse.
Com essa colocação, o partido ratifica após quase dois anos de conversas a sua integração ao governo, embora dividido na Assembleia Legislativa, onde apenas o deputado Vando frisa que está acertada a sua ida para a base.
Nessa segunda-feira, o parlamentar apresentou como justificativa o fato de pertencer “a uma região pobre, onde a população precisaria mais das ações do governo”. Sua base eleitoral é o município de Monte Santo.
Sobre o futuro do partido na Assembleia, ele informou que irá procurar outra legenda para compor um bloco partidário. Conhecido pelas posições contrárias, o seu companheiro Targino Machado deve sair do partido, mas ao ser perguntado preferiu usar da cautela. “Não falo sobre isso antes de discutir a minha situação com o partido”, afirmou. Ele deve ter um encontro com os líderes do PSC nessa quarta-feira (20).
O partido liderado pelo ex-senador e vice-presidente de governo do Banco do Brasil, César Borges, que indicou o novo superintendente da Conder, José Lúcio, logo após as eleições de Salvador, também está em busca de mais espaços e com chances de conquista.
Apesar de negar a questão, o deputado federal José Rocha, apontado como uma das forças da sigla, enfatizou que “o partido tem quadros à altura para ocupar, caso sejamos convocados pelo governo a apresentarmos nomes”. Ele confirmou a ligação da superintendência da Conder com o PR.
Além do PR, o PDT, através do presidente estadual Alexandre Brust, já havia solicitado secretarias de “maior capilaridade” na gestão. Aos poucos, esses espaços preenchidos ao menos pelos novos aliados estariam sendo contemplados nos ajustes administrativos.

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