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Caciques do DEM e do PMDB elevam o tom

Apesar de estarem no mesmo campo de oposição ao PT em âmbito estadual e batalharem contra a força petista, que busca pela primeira vez, através do candidato Nelson Pelegrino, conquistar o Palácio Thomé de Souza, lideranças do DEM e do PMDB, conforme a Tribuna  já havia antecipado, dão sinais de que a relação amistosa ficou para trás em meio a uma campanha que promete acirramento. Envolvidos com a empreitada de seus candidatos ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB), democratas e peemedebistas travam uma guerra por espaços na capital baiana. 
Após Neto e Kertész trocarem insultos, agora foi a vez dos líderes partidários Geddel Vieira Lima e José Carlos Aleluia demonstrarem desentendimento. Nos bastidores, há quem diga que esse seja o caminho de um possível entrosamento do PMDB com o PT, o que poderia facilitar uma suposta aliança, na possibilidade de um segundo turno na capital baiana, já que estão juntos em 60 cidades da Bahia, mas lideranças peemedebistas descartam que essa seja uma estratégia. 
“Não estamos preocupados com o segundo turno. O que acontece é que somos adversários políticos e temos projetos diferentes”, disse o presidente estadual do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima. Sobre os burburinhos em torno de uma aproximação maior com o candidato petista Nelson Pelegrino, admitida, inclusive por Kertész, e reforçada pelas críticas dirigidas a Neto, Lúcio minimizou. 
“Não podemos ver chifre em cabeça de cavalo, até mesmo porque vários partidos estão se apoiando em muitos lugares. Há alianças do PMDB com o DEM e até mesmo do PSD, que tomou o DEM, suas lideranças, seu tempo de TV e estão coligados em vários lugares. E outra, se Pelegrino falar coisas que não correspondem à verdade, nós vamos rebater”. 
Segundo o dirigente, a discussão entre Geddel e Aleluia, nos últimos dias, não sinaliza um caminho. “Não estamos contra A ou B, mas a favor da cidade. Geddel apenas disse que Aleluia faltou com a verdade (quando disse que o PMDB não apoiaria Neto para não ter problemas com a presidente Dilma)”. Ao responder a Aleluia sobre esse assunto, o ex-ministro criticou a falta de alinhamento do DEM com as esferas do poder estadual e federal. 
“Ele (Aleluia) faltou com a verdade, talvez porque Neto, por todas as desavenças que tem com ele, não o tenha levado para todas as reuniões que teve com o PMDB. Nós não apoiamos Neto porque ele não é bom para Salvador. Ele isola a cidade totalmente dos governos estadual e federal”, criticou em entrevista ao site Bahia Notícias. 
O presidente do DEM retrucou e disse que a reação de Geddel seria “desespero”, diante do crescimento do candidato do PRB, Márcio Marinho, que, segundo o democrata, em avaliações internas teria encostado em Kertész. Por fim, Geddel reforçou que  as dificuldades em torno da unidade da oposição foram motivadas pelo DEM. “Em nenhum momento o PMDB impôs o nome de Kertész. 
Tanto que Imbassahy, que nunca precisou subir à tribuna da Câmara para ameaçar bater em alguém, nós admitíamos apoiar e construir uma unidade em torno do nome dele, o que Neto, com a manobra que fez em São Paulo, vetou”

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