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Tabaco é segunda causa de mortes no mundo

No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o uso de produtos derivados do fumo é a segunda causa de mortalidade no mundo, respondendo por um em cada dez óbitos registrados entre adultos. O fumo só perde, em número de mortes, para a hipertensão.


O tema deste ano é Interferência da Indústria do Tabaco. O objetivo é expor e combater tentativas consideradas pela OMS como “descaradas e cada vez mais agressivas” de minar os esforços no controle da substância.


Umas das críticas aborda, por exemplo, ações para acabar com as campanhas de advertências sanitárias que ilustram as embalagens de cigarro. As empresas, de acordo com a OMS, têm processado países, utilizando como argumento tratados bilaterais de investimentos e alegando que as imagens e os dizeres atingem o direito de utilizar marcas legalmente registradas.


Outro problema citado pela entidade trata das tentativas, também por parte da indústria do tabaco, de acabar com leis que proíbem o fumo em locais públicos fechados e que limitam a publicidade de produtos derivados da substância.


O fumo é considerado pela OMS como uma das principais causas preveníveis de morte em todo o mundo. Entretanto, o cenário traçado pelo órgão é de epidemia global, já que o tabaco mata quase 6 milhões de pessoas todos os anos – mais de 600 mil delas são fumantes passivos.


– A menos que tomemos uma atitude, o tabaco vai matar mais de 8 milhões de pessoas [ao ano] até 2030, sendo mais de 80% em países de baixa e média renda – ressaltou a OMS, em nota.


A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em abril, indica ainda que a frequência de fumantes continua maior entre os homens: 18,1% contra 12% entre as mulheres. Mesmo assim, a população masculina lidera os números sobre a redução do tabagismo no país, já que 25% deles declararam ter deixado de fumar, contra 19% entre pessoas do sexo feminino.


Humberto Fernandes dos Santos, 44 anos, é um dos brasileiros que conseguiram largar o vício. O aposentado começou a fumar aos 16 anos, por curiosidade. Depois disso, tentou parar por três vezes, mas só conseguiu abandonar o cigarro em 2008, aos 41 anos. “Apresentei alguns problemas de saúde, inclusive arritmia cardíaca. De lá para cá, não fumei mais”, contou.


As primeiras semanas na tentativa de cortar o vício, segundo ele, são as mais difíceis. “Você sempre se lembra do cigarro. Para me controlar, parei de beber café, comecei a fazer exercícios e passei a estudar regularmente para ocupar a mente. É uma luta diária, mas desde que parei de fumar, percebi que estou mais tranquilo e respirando melhor”.


As secretarias de Saúde em todo o país têm atividades agendadas para esta quinta, com o objetivo de reforçar o combate ao tabaco. No Distrito Federal, representantes da Coordenação do Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer participam de ações na Ala Mário Covas da Câmara Federal. Servidores e visitantes poderão fazer exames, como o que mede a capacidade respiratória, o teste de dependência química, a aferição de pressão arterial e ocular e a avaliação odontológica para câncer de boca.
(Jornal Floripa)

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