Maracutaia momesca
O vereador Alcindo da Anunciação (PT) já conseguiu 26 assinaturas – cinco a mais do que o quórum regimental – para dar entrada, na Câmara Municipal de Salvador, com um pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar o Conselho Municipal do Carnaval. Alcindo acusa o Conselho, presidido por Fernando Bulhosa, de uma série de irregularidades, dentre elas a contratação de artistas e bandas, sem licitação, para tocar sem cordas.
Neste caso, garante o vereador, o processo licitatório era indispensável. O Grupo de Atuação de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam), da 5ª Promotoria de Justiça da Cidadania, já cobrou explicações de Bulhosa sobre o assunto.
Para tocar sem cordas, a Timbalada e a Banda Eva receberam, cada uma, R$ 150 mil e a Banda Zorra R$ 70 mil, conforme publicado no Diário Oficial da Município, logo após a folia. Alcindo da Anunciação “um grupo empresarial e econômico de Salvador de receber da Saltur carta branca para aprovar o que bem entender em benefício próprio. Com interesses privados de artistas e blocos ligados aos seus interesses pessoais”.
Segundo o vereador, esse mesmo grupo, “capitaneado pela mídia do jabar [sic!] deu ao entender ao povão que blocos e artistas milionários estariam deixando de desfilar com sues associados para tocar sem cordas, numa jogada de mestre para tirar dinheiro público sem licitação, beneficiando o grupo que o presidente do Conselho do Carnaval representa”.(247)