Esperança em plena folia
Antes de visitar os camarotes oficiais ontem no Campo Grande, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a criação de um “incentivo” para hospitais que prestam atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por parte do governo federal. A medida vai beneficiar o hospital Martagão Gesteira, que atravessa uma séria crise financeira. Padilha explicou que, na prática, o aumento do repasse financeiro para os hospitais será de 20%. No caso do Martagão, o incremento será da ordem de R$ 170 mil. O ministro foi condecorado pela manhã com o título de benemérito da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, que é mantenedora do hospital. Ele classificou a unidade como “fundamental” para a assistência às crianças no estado.
As boas novas já repercutiram entre os políticos locais. O presidente do PSD em Salvador, deputado estadual Alan Sanches, que também é médico, comemorou o anuncio do ministro. O parlamentar afirmou que é imprescindível o Martagão Gesteira ter aporte financeiro das três esferas do Poder Executivo. “Hoje a fila de nossos pequeninos com problema cardíaco está bem grande e se não tivermos um olhar diferenciado para o Martagão esses atendimentos não serão realizados. Foi dado um passo importante hoje, mas não é o suficiente. A luta para ajudar o Martagão continua”, afirmou o líder social democrático.
O deputado Alan Sanches é titular da comissão de Saúde e Saneamento Básico da Assembleia Legislativa e se engajou na luta em favor do hospital desde o início de seu manado no ano passado. Ele já solicitou através de emenda ao Projeto de Lei de nº 19.490/2011, que estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício financeiro de 2012, que R$ 1,5 milhão deste orçamento seja destinado ao Martagão.
A intenção, levando em consideração que o Martagão Gesteira é o único hospital pediátrico de Salvador, referência em tratamentos contra o câncer infantil no estado e que chega a realizar 60 cirurgias cardíacas por ano, é que com essa ajuda a instituição possa, além de investir, amenizar o atual colapso financeiro, cujo risco de fechamento não está
descartado. “O que não podemos permitir é que uma instituição de tamanha importância para a Bahia e para Salvador feche as portas por falta de apoio”.(247)