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Doenças como leptospirose são tratadas no Instituto Couto Maia

O período de chuvas na capital e interior do estado alerta os baianos para os cuidados que devem ser adotados no intuito de evitar a contaminação com a leptospirose. A doença transmitida pela urina do rato acaba se proliferando durante o outono devido à combinação de chuvas com enchentes e alagamentos de ruas. Em caso de suspeita de contaminação, a população encontra suporte no Instituto Couto Maia, entidade especializada no tratamento a doenças infecto-contagiosas. Com 120 leitos, sendo 20 de UTI, a unidade também é um centro de referência internacional em pesquisa no campo de doenças infecciosas.

A diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, explica que a doença costuma se manifestar em média sete dias após o contato da pessoa com a água suja. “O início do quadro da leptospirose é a ocorrência de febre aguda de início súbito e dores no corpo. O mais característico dessa doença é uma dor na panturrilha. Além disso, em grande parte dos casos, a pessoa desenvolve uma icterícia e o olho fica amarelo”.

Ainda segundo a diretora, a bactéria leptospira presente na urina do rato normalmente está presente nas redes de esgoto e com ocorrência das chuvas e alagamentos as pessoas acabam se infectando. Ela ainda alerta que profissionais que trabalham em redes de esgotos devem ter cuidado redobrado. “A leptospirose é uma doença grave que pode provocar problemas renais ou ter uma implicação pulmonar que resulta num sangramento para dentro do pulmão e precisa ser encaminhada para uma Unidade Terapia Intensiva. Todas as formas são graves e a letalidade é alta. Entretanto, se for identificada no início, as consequências são bem menores. O tratamento pode ser feito com hemodiálise e até ventilação mecânica para os casos pulmonares”.

No Hospital Couto Maia a letalidade chega ao índice de 5% e segundo a diretora, a principal medida a ser adotada após o contato com a água suja é lavar o local o mais rápido possível e buscar atendimento em posto de saúde. O tratamento da doença é feito com antibiótico em baixas doses e o tempo para a cura irá depender das complicações que cada paciente apresentar.

De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), órgão vinculado à Secretaria da Saúde do Estado, a Bahia já notificou 47 casos da doença, deste total 22 somente em Salvador e duas mortes já foram confirmadas em decorrência da leptospirose.

A vendedora Carla Brás teve o diagnóstico de leptospirose confirmado após atravessar uma rua alugada e ainda lembra os sintomas da doença. “Eu sentia muitas dores nas pernas e no corpo, além de febre, mas acabei descobrindo a doença logo no início. Fui encaminhada ao Couto Maia, e o meu tratamento foi rápido porque cuidei rapidamente. As pessoas precisam se conscientizar também que lixo nas ruas ajudam a proliferação dos ratos e podemos sofrer com isso”, pondera.

Repórter: Jairo Gonçalves

SECOM

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