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Salvador permanece sendo a capital brasileira com menor índice de fumantes

Os malefícios do cigarro para quem fuma e para pessoas próximas são de conhecimento geral. Com 5,1% de fumantes, Salvador possui o menor índice de consumo de cigarro entre as capitais brasileiras. O fato é atestado pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde. E este êxito consolidado se deve ao fato de a Prefeitura manter, há uma década, um serviço especializado no combate ao tabagismo.
Para lembrar a década de sucesso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aproveita a passagem do Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quarta-feira (29), para realizar um encontro comemorativo intitulado “Compartilhando Experiências”, o evento acontece das 14h às 17h, no auditório da Faculdade Rui Barbosa, na Avenida Paralela.
Atualmente, Salvador conta com 45 unidades de saúde com ações de combate ao tabagismo. O ingresso nas atividades depende somente da vontade do paciente, que deve procurar uma das unidades, se cadastrar para as ações em grupo e iniciar o tratamento. “O programa tem grande aceitação junto aos pacientes que querem parar de fumar, principalmente porque oferece medicação gratuita”, afirma Carla Geminiana, coordenadora municipal de combate ao fumo.
Ao procurar ajuda do serviço público de saúde, o paciente deve se submeter a uma entrevista para contar sua história com o cigarro, quanto tempo fuma e o motivo pelo qual decidiu parar. As ações são realizadas por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos clínicos, odontólogos e psicólogos, dentre outros profissionais.
As atividades são realizadas em grupos de cinco a quinze pacientes, em quatro ou cinco reuniões que ocorrem uma vez por semana, sempre no mesmo dia e horário. A quantidade de sessões depende da evolução do paciente ou da necessidade percebida pelos membros da equipe multidisciplinar. Ao fim de cada encontro, os participantes recebem uma cartilha contendo tarefas que devem ser respondidas em casa e trazidas para o evento seguinte.
“Durante as reuniões, os pacientes são estimulados a deixar o fumo, de forma gradual, sem forçar. Quando uma pessoa decide, enfim, abandonar o tabagismo, passa a ser multiplicadora da ideia. Um ex-tabagista será sempre o melhor conselheiro e exemplo para quem deseja dar um ‘basta’ no vício”, ressalta Geminiana.
Medicação – O tratamento auxiliar às palestras ocorre por meio do uso de medicamentos. Para casos considerados mais amenos, são utilizados adesivos de nicotina, cuja dose ministrada é reduzida gradualmente durante três meses, conforme a evolução do fumante. De início, o paciente recebe o adesivo de 21 miligramas, seguido pelo de 14 miligramas no mês seguinte, e 7 miligramas na parte final do tratamento.
Para pacientes intolerantes ao adesivo, é recomendado o uso de medicação ansiolítica via oral. Em outros casos, os dois elementos podem ser combinados, conforme prescrição médica.
SECOM

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