Da Redação

Lembra de mim o “matuto”

“Se lembra de que eu sou aquele matuto, nativo, da roça, trabalhador do campo, vivendo muitos de nós da seca que castiga o nosso chão, não podendo plantar, nem tão pouco dar água para nossos filhos quanto mais para o que restou dos bezerrinhos, das galinhas, dos bodes e das cabritos, do pasto seco sem capim com a terra todinha rachada que faz dó.
Desde que me entendo como gente ouvi dizer que quando o meus avós falava que ia chover aqui e tudo isso ia mudar acredito, o mesmo faço com os meus filhos e netos, pois sou homem de muita fé acredito que vai mudar sim,assistir uma coisa na televisão do José um carro muito bom ele pega as nuvens de onde tem e leva para onde não tem e faz chover muito bom, mais volto a repetir sou homem de muita fé, estes cabras não tinha outra maneira de mostra o brinquedo dele sem mexer com nós, temos fé, olha eles tao brincando com as coisas de Deus, e com Deus e seu povon ão se brinca.
Pois é, também temos aqui umas cisternas que o tal do governo federal traz pra nós com a promessa se chover enche ela com água de chuva, e da para o sertanejo matuto dar para pasar e ficar um ano com água e esperar a próxima chuva, mais enquanto ficamos a esperar a chuva os doutor toma banho em tranque grande na capital e nas fazendas que eles chama de piscina não é mesmo doutor”.

Visão Cidade
Da Redação

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