Trabalhadores do Carnaval ocuparão a Tribuna Popular da Câmara
“O que vimos aqui hoje foi um grito desesperado de socorro e nós não podemos ignorar”. Assim a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição na Câmara Municipal de Salvador, definiu a Audiência Pública Trabalho Legal realizada na manhã de quarta-feira (12), no auditório do Centro de Cultura da Casa. O objetivo foi discutir as demandas dos trabalhadores informais do Carnaval de Salvador, a exemplo dos cordeiros, ambulantes, catadores de recicláveis e músicos.
Na atividade, convocada pelo vereador Maurício Trindade (PP), ficou acertado que os diferentes segmentos dividirão o tempo da Tribuna Popular, na abertura da sessão ordinária de segunda-feira (17), para denunciar a falta de estrutura da festa para quem trabalha.
Exclusividade
“A organização do Carnaval precisa assegurar condições dignas de trabalho para esses profissionais. Não pode pensar apenas em dar condições vantajosas aos grandes empresários da folia, como os camarotes e blocos que receberam desconto de ISS, que caiu de 5% para 2%, o que representa renúncia de receita”, protestou Aladilce, lamentando a ausência de representação dos órgãos da Prefeitura.
Segundo a vereadora, essa renúncia foi concedida na época da pandemia e reeditada no ano passado para o Carnaval deste ano, como forma de beneficiar os camarotes e grandes blocos, “que já faturam milhões”.
Aladilce encampou também a queixa dos vendedores ambulantes em relação à exclusividade da marca de cerveja e água mineral, por conta do patrocínio oficial. Além disso, frisou a vereadora, “esses trabalhadores precisam de pontos de apoio para suas atividades, com água, sanitário e chuveiro, além de creches para deixar seus filhos em segurança”.
A bancada da oposição foi representada ainda pelas vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Eliete Paraguassu (PSOL) e pelos vereadores Hamilton Assis (PSOL) e Randerson Leal (Podemos).
Câmara Municipal de Salvador
(Foto: Visão Cidade)