Cesta básica: uma realidade cada vez mais distante
Na Bahia, o preço da cesta básica está entre os mais altos do Brasil. Essa realidade fica evidente quando a população vai aos supermercados, atacadistas e feiras livres, enfrentando constantes aumentos nos preços dos produtos essenciais. A cada ida às compras, os consumidores se deparam com valores cada vez mais elevados, sem nunca perceberem uma redução significativa. Para aqueles que fazem compras mensais, o impacto é claro: os mesmos itens do mês anterior custam até 15% ou 20% a mais. Já os que optam por compras quinzenais ou semanais também sentem a diferença. No entanto, para quem precisa adquirir alimentos diariamente – como pessoas de baixa renda e pequenos comerciantes –, os reajustes abusivos se tornam um peso insustentável.
Outro fator que agrava essa crise é o aumento constante dos combustíveis. O gás de cozinha, a gasolina, o diesel e até os combustíveis alternativos, como gás veicular e etanol, seguem a mesma tendência de alta. Apesar de terem sido projetados para serem opções mais baratas, esses combustíveis sofrem com a pesada carga tributária do ICMS estadual e dos impostos federais, que nunca deixam de subir. Além disso, os preços são impactados por fatores externos, como a alta do dólar e conflitos internacionais, enquanto refinarias privadas, que deveriam reduzir custos, adotam discursos semelhantes aos do governo para justificar os reajustes.
A promessa de redução dos juros com a troca da presidência do Banco Central também não se concretizou. Pelo contrário, os juros continuam elevados, agravando ainda mais o custo de vida da população. Diante desse cenário, o desejo legítimo de viver em uma nação mais justa e com uma economia estável parece cada vez mais distante. O povo observa suas perspectivas de uma vida melhor escorrendo por entre os dedos, enquanto o sonho de dias melhores se torna uma ilusão cada vez mais difícil de alcançar.
Visão Cid