Regulação hospitalar: Um drama e uma peregrinação para todos
É inadmissível e intolerável o descaso enfrentado pela população do estado da Bahia, especialmente nos municípios de Vera Cruz e Itaparica, quando o assunto é a regulação hospitalar. A espera por internamentos ou exames de alta complexidade é uma verdadeira saga, com filas intermináveis que parecem não ter fim. A cada momento, surgem novos casos e desafios, com pessoas lutando pela sobrevivência enquanto aguardam a chance de continuar vivendo. Infelizmente, esta situação não é isolada. Diariamente, casos como esses se repetem, com pessoas apelando nas redes sociais por ajuda, sem saber a quem recorrer.
A resposta frequentemente ouvida nas unidades de saúde, tanto em Vera Cruz quanto em Itaparica, é que a espera é inevitável, pois depende da regulação do Governo do Estado. Enquanto isso, pacientes permanecem dias e até semanas na UPA de Vera Cruz ou no Hospital Geral de Itaparica, aguardando a liberação para exames ou procedimentos que poderiam salvar vidas.
A equipe do site Visão Cidade tem recebido diariamente dois ou três pedidos de ajuda para intermediar essas regulações, assumindo muitas vezes o papel que deveria ser da gestão pública de saúde. É lamentável e deprimente testemunhar o sofrimento de pacientes e familiares diante dessa realidade. A impotência de quem quer ajudar, mas não tem os meios, intensifica ainda mais essa angústia.
Isso nos leva a questionar: o que faz a gestão pública municipal? O que faz o legislativo municipal? Vera Cruz e Itaparica estão iniciando um novo ciclo legislativo e de gestão. É essencial que esses fatos sejam analisados com urgência e que se cobre do Governo do Estado maior atenção para esses municípios. Durante o verão, a população dessas localidades quadruplica, mas a estrutura de saúde local continua a mesma, sem qualquer suporte significativo do Governo Estadual.
A regulação hospitalar não pode continuar sendo sinônimo de peregrinação e sofrimento. É necessário um choque de gestão para garantir que este sistema funcione de maneira eficiente e humanizada. O direito à saúde é garantido pela Constituição, e não pode ser tratado como um favor. Com a palavra, o Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Saúde do Estado e as gestões municipais de Vera Cruz e Itaparica.
É hora de priorizar a vida e a dignidade das pessoas, colocando fim a este descaso que há muito deixou de ser tolerável.
Visão Cidade