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A Ilha de Itaparica não está preparada para receber a ponte 

A falta de estrutura na Ilha de Itaparica, abrangendo os municípios de Itaparica e Vera Cruz, tornou-se evidente nos dias que antecederam o Réveillon. A população dos municípios praticamente triplicou, revelando uma série de problemas. Supermercados enfrentaram escassez generalizada de produtos, o transporte público mostrou-se insuficiente e os serviços médicos, já precários, tiveram ainda mais dificuldades para atender à demanda. Na UPA, UBS e no Hospital Geral de Itaparica, os nativos sofreram com a sobrecarga, expondo as limitações do sistema de saúde local.

Além disso, o tráfego nas rodovias que cortam os municípios, especialmente ao longo da BA-001, registrou congestionamentos intensos. Desde Bom Despacho até os limites de Vera Cruz e Itaparica, o fluxo de veículos tornou-se praticamente inviável, mostrando como a infraestrutura viária é inadequada para suportar um aumento populacional significativo.

Essa realidade exige uma análise cuidadosa e ações concretas por parte dos governantes de ambos os municípios. É fundamental que se evite um crescimento desordenado e que sejam implementadas medidas para transformar Itaparica e Vera Cruz em cidades planejadas. Saneamento básico, transporte, geração de emprego e renda, educação e saúde são pilares essenciais para garantir um desenvolvimento sustentável.

O futuro da Ilha de Itaparica está nas mãos dos próximos gestores e vereadores. Planejamento e organização são indispensáveis para que o progresso beneficie a todos, sem comprometer a qualidade de vida dos moradores. É a esperança de cidadãos como o senhor Clóvis, dona Celeste, o senhor Marivaldo e Sandro, que sonham com melhorias antes da construção da ponte. Eles temem que, sem as mudanças necessárias, a Ilha de Itaparica se transforme em mais um bairro desordenado de Salvador.

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