Fortes chuvas causam transtornos e pedidos de calamidade pública
Chuvas acima da média prevista pelo serviço de meteorologia têm causado inúmeros transtornos no município de Salvador e em outras regiões do estado da Bahia. Desde o último sábado, Salvador enfrentou pancadas de chuva intensas, resultando em alagamentos em diversas áreas e aumentando o risco de deslizamentos. A situação tem sido monitorada de perto pela Defesa Civil de Salvador (CODESAL), que mantém plantão 24 horas através do número 199, garantindo assistência emergencial à população.
A CODESAL, em parceria com outros órgãos municipais, como as secretarias de Saúde, Educação e Governo, além da Câmara de Vereadores, tem redobrado os esforços para minimizar os impactos causados pelas chuvas. Essa articulação interinstitucional é essencial para oferecer suporte integral à população das áreas mais afetadas, especialmente aquelas classificadas como zonas de risco.
Além de Salvador, diversas cidades da região metropolitana, do Recôncavo e do interior do estado também têm sofrido com os efeitos das chuvas intensas. Relatos de alagamentos, deslizamentos e até mesmo o colapso de estruturas, como pontes e barreiras, reforçam a necessidade de uma abordagem preventiva por parte das administrações municipais.
A Importância da Prevenção
Embora a Defesa Civil do Estado da Bahia esteja oferecendo suporte técnico e logístico aos municípios em dificuldades, o cenário revela um problema recorrente: a falta de planejamento preventivo. Muitos municípios enfrentam os mesmos problemas ano após ano, aguardando períodos chuvosos para solicitar decretos de calamidade pública ao governo estadual e federal.
Essa dependência reativa levanta um questionamento: não seria mais eficaz e econômico investir em estudos técnicos e medidas preventivas? Ações como a melhoria da drenagem urbana, a contenção de encostas e a regularização de áreas habitadas poderiam reduzir significativamente os impactos das chuvas e, consequentemente, os custos associados às emergências.
A responsabilidade de evitar tragédias e minimizar os transtornos causados pelas chuvas recai sobre os gestores municipais, que precisam adotar políticas públicas mais assertivas e estruturadas. Nos 417 municípios do estado da Bahia, a implementação de um plano de prevenção pode ser a diferença entre a segurança da população e o caos recorrente em períodos chuvosos.
A palavra agora está com os prefeitos e demais gestores. Afinal, a população merece soluções duradouras e eficazes, e não apenas respostas emergenciais.
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