Servo ou simples servidor diante de Deus?
Em uma cidade do interior, um homem senta-se em uma praça. Suas roupas, ligeiramente sujas e rasgadas, denunciam sua necessidade. Ali, ele implora por ajuda, pedindo esmolas para saciar a fome. As pessoas passam ao longe, sem o reconhecer. A cena, inusitada para um domingo, surpreende quem vê.
De repente, um jovem passa por ele. O homem o chama e pede ajuda. O jovem explica que precisa ir até em casa, mas promete voltar com algo para ele comer. Logo depois, uma senhora distraída aproxima-se; ele lhe pede ajuda também, mas ela recusa, dizendo que não o conhece e que já está atrasada para um compromisso.
Minutos depois, uma outra mulher surge, apressada e repreendendo a filha por estarem atrasadas para o culto. O homem pede sua ajuda, mas ela o responde de maneira áspera, mandando-o procurar trabalho. Fica claro que, para ele, a dificuldade de sua situação só cresce.
Após algum tempo, outro rapaz, com a cabeça baixa, cruza a praça. Ao passar pelo homem, ouve seu pedido de ajuda e oferece o pouco que restava de seu salário, o dinheiro que pretendia gastar em vícios. Ele se senta ao lado do mendigo e, curioso, pergunta por que ele está ali.
O homem lhe explica que todos somos iguais aos olhos de Deus. Recebendo a ajuda, ele pede que o rapaz o acompanhe até um lugar específico. Os dois caminham juntos e param em frente a uma igreja, onde encontram as duas mulheres, impacientes, esperando que alguém venha abrir a porta para o culto. O jovem que prometeu trazer a comida logo aparece, trazendo uma marmita para o necessitado.
É então que o homem revela sua verdadeira identidade: ele é o pregador esperado naquela manhã, e sua missão é observar o comportamento das pessoas fora das paredes da igreja. Afinal, como podemos nos considerar servos de Deus se, no cotidiano, não oferecemos ajuda ao próximo?
E você? No seu dia a dia, é um servo ou apenas um servidor de Deus?
Visão Cidade
