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Na política, situações que precisam ser revistas

Na política, diz-se frequentemente que o povo é o menos favorecido, e isso reflete uma dura realidade vivida nas cidades das regiões metropolitanas, do recôncavo e do interior do Estado. A população clama constantemente por melhorias nas áreas de saúde, educação, transporte, saneamento básico, geração de emprego e renda, esporte, cultura e lazer — necessidades básicas muitas vezes ignoradas pelos gestores municipais. Esses gestores, em vez de atenderem às demandas essenciais, preferem realizar obras superficiais, como calçamento e pavimentação, esquecendo-se de que a população precisa prioritariamente de saúde, saneamento básico e, acima de tudo, educação.

A educação, em particular, enfrenta grandes dificuldades para ser implantada e desenvolvida em muitos municípios desde sua fundação. Nos municípios mais distantes da capital, ou até mesmo em áreas mais conectadas, a educação é negligenciada. O povo acredita que esse descaso ocorre porque muitos políticos não se interessam pelo tema, temendo perder votos. Esse sentimento de abandono fere profundamente os pais que, ao verem a falta de uma educação de qualidade em sua cidade, sentem-se impotentes ao tentar proporcionar um futuro melhor para seus filhos. Eles sabem que a educação é a base do desenvolvimento, não apenas para o indivíduo, mas para a cidade como um todo. No entanto, esse direito de prosperar é muitas vezes ceifado pela mesquinharia de alguns.

Outra grande verdade dita pelo povo está relacionada aos representantes eleitos para legislar no município. Esses legisladores, em vez de criarem leis que promovam a dignidade e o bem-estar de todos os cidadãos, muitas vezes limitam-se a representar interesses específicos de localidades ou comunidades, esquecendo-se de que foram eleitos para legislar em benefício de toda a população. Muitos passam seu mandato fazendo indicações como troca de lâmpadas, pintura de meio-fio ou poda de árvores — tarefas que deveriam ser de responsabilidade da administração municipal e de seus secretários. O papel do vereador é, sobretudo, legislar, mas, infelizmente, essas funções se invertem e tornam-se meras formalidades parlamentares.

Embora se diga que “o povo é o menos favorecido”, essa máxima pode mudar. O povo precisa acreditar no seu potencial e deixar de trocar suas conquistas por migalhas. Ao plantar as sementes de uma grande colheita, o cidadão poderá, enfim, dizer com orgulho: “Eu faço parte de um povo que faz.”

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