Vera Cruz: Tentativa de ofuscar o brilho de uma festa tradicional
Moradores de Vera Cruz entraram em contato com a redação do site Visão Cidade para buscar esclarecimentos sobre a recente decisão da Arquidiocese de Salvador, que proibiu manifestações políticas populares durante a missa a ser realizada nas ruínas de uma das primeiras igrejas construídas no município. Para muitos, essa medida é considerada desproporcional, especialmente por se tratar de uma festa religiosa e popular, semelhante a outras promovidas pela própria arquidiocese, como as celebrações do Bonfim, Itapoan, e Rio Vermelho, onde manifestações políticas popular sempre ocorreram de forma natural.
A população não compreende a proibição, embora respeite a decisão, como aponta o senhor Marcos. Ele lembra que, em anos anteriores, as manifestações ocorreram de forma pacífica e respeitosa. A senhora Sandra, frequentadora assídua tanto da parte religiosa quanto da parte festiva, lamenta a decisão: “Proibir que as pessoas expressem seus sentimentos é algo muito difícil de aceitar.” Já o senhor Antônio destaca que a proibição de um grupo fazer sua tradicional caminhada, que já acontece há mais de 25 anos, parece uma tentativa de intimidar politicamente outro grupo.
Muitos questionam se a arquidiocese está tomando uma decisão puramente política, distanciando-se de seu papel religioso e, ao fazer isso, alienando fiéis por suas opções pessoais. Será que a arquidiocese também faz acepção de pessoas, discriminando evangélicos, adeptos de religiões de matriz africana, espíritas e outras crenças? Talvez seja esse o motivo de a igreja estar tão vazia no dia 31 de julho, aniversário do município, o que é algo incomum.
Fica a reflexão: de onde partiu essa ideia mirabolante de usar a arquidiocese para recorrer à justiça e tentar ofuscar o brilho de uma das festas mais tradicionais da região? Afinal, Deus não faz acepção de pessoas.
Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no Senhor nosso Deus iniqüidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno. 2 Crônicas 19:7
Há algo surreal acontecendo em Vera Cruz. Nos quatro cantos do município, circula uma informação equivocada que envolve o nome da Arquidiocese de Salvador. Um grupo político, aparentemente, está utilizando o nome da instituição para espalhar fake news, criando confusão entre a população. É fundamental que a Arquidiocese de Salvador se pronuncie de forma clara e veemente, desmentindo esses boatos e esclarecendo a verdade, para que a comunidade não seja influenciada por informações falsas.
Agora, cabe à Arquidiocese de Salvador a palavra final. Ainda há tempo de corrigir esse equívoco que tentaram induzi-la a cometer.
Visão Cidade