Tradicional banda marcial de escola municipal de Pirajá se prepara o desfile do 7 de Setembro
A preparação para o desfile na Avenida Sete de Setembro, no próximo sábado (7), Dia da Independência do Brasil, não acontece apenas às vésperas da festividade. No caso da Banda Marcial Alexandrina Santos Pita (Masp), da escola municipal de mesmo nome, localizada no bairro de Pirajá, os ensaios ocorrem ao longo de todo o ano.
O grupo musical da unidade escolar não será o único a se apresentar no feriado; outras bandas marciais e fanfarras de seis escolas do município também desfilarão entre o Campo Grande e a Praça Castro Alves, a partir das 9h.
Os ensaios da Masp acontecem na própria escola, de terça a sábado. Cada dia é dedicado a um grupo específico: instrumentos de sopro, percussão e balé. Em um ensaio final, todos os membros da banda se reúnem para garantir que estejam alinhados.
A banda marcial, formada em 1998, conta com 150 integrantes, com idades entre 6 e 22 anos. O grupo também é aberto à comunidade, e 30% de seu corpo musical e coreográfico é formado por ex-alunos ou moradores do bairro.
O regente Emerson Brito comenta que a rotina de ensaios e viagens para apresentações fora da capital baiana cria uma rotina de responsabilidades para crianças e jovens. No caso dos alunos da Alexandrina Santos Pita, é necessário ter boas notas para continuar fazendo parte da Masp.
“Aqui, eles se tornam uma família. Após a primeira unidade, recebemos os boletins. Se o aluno estiver com notas baixas, ele é afastado da banda pela direção da escola e pelo conselho de classe, e só retorna quando melhorar as notas”, comenta Brito.
O também regente Marcos Ramos, responsável pelo pelotão de sopro, foi aluno da escola e passou a integrar a banda marcial desde o segundo ano de formação. Ele destaca a importância da música para a vida dos alunos.
“Eles aprendem a ler partituras, têm aulas teóricas e práticas. Esse aprendizado é para o futuro, né? Quando eles, por exemplo, quiserem cursar música na faculdade, já terão uma base, pois muitas bandas começam com integrantes que passaram por alguma fanfarra”, diz.
Marcos Paulo de Oliveira, de 16 anos, está no 9º ano do ensino fundamental. Antes de entrar na banda, da qual faz parte há um ano, ele não tinha contato com a música. Hoje, integra a ala do sopro, tocando trombone.
“Eu estava em uma rotina que era só escola e casa. Meus colegas me indicaram e estou gostando bastante de fazer parte. No começo foi difícil, né? Um pouco complicado, mas fui aprendendo aos poucos e consegui tocar o instrumento em dois meses. Esta vai ser a primeira vez que vou desfilar no 7 de Setembro, e estou animado”, conta o adolescente.
Além das bandas e fanfarras das escolas municipais, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também participará do desfile cívico. Os profissionais, que atendem casos de urgência e emergência no dia a dia, sairão do viaduto da Graça em direção ao Corredor da Vitória, acompanhados de duas ambulâncias.
Fotos Jefferson Peixoto/ Secom PMS
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