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Final do Brasileirão Feminino será histórica

A disputa do final do Brasileirão Feminino Neoenergia será histórica. Neste domingo (22), Corinthians e São Paulo entram em campo na Neo Química Arena, na capital paulista, às 10h, em busca do título que garantirá uma premiação recorde para o campeão: R$ 1,5 milhão. A equipe vice-campeã será premiada com R$ 750 mil. Os valores são 25% maiores do que em 2023.

Para a edição 2024, a CBF investiu ainda mais na competição, com o objetivo de torná-la mais atraente e forte para clubes, público e patrocinadores. No total, a entidade desembolsou R$ 25 milhões em todo a organização do Brasileirão Feminino.

Parte do montante foi distribuído com incremento nas cotas aos 16 clubes participantes, que receberam R$ 300 mil cada, e nas premiações para as equipes classificadas à segunda fase, que ganharam R$ 100 mil pela vaga nas oitavas de final. O investimento da CBF também foi feito na arbitragem, com a presença do VAR a partir das quartas de final, e no custeio de transporte, logística de todas as delegações e nos exames antidoping das partidas.

“A final do Brasileirão Neonergia será uma festa do futebol, com todos os ingredientes de uma grande decisão, arena lotada e grandes atletas em campo. Vamos aproveitar essa manhã de domingo para celebrar o crescimento do futebol feminino, que é uma das principais missões da minha gestão”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

“Queremos organizar mais competições de sucesso e formar cada vez mais atletas, dirigentes, árbitras, médicas mulheres. Já conseguimos trazer a Copa do Mundo de 2027 para o país e vamos transformar o futebol feminino numa potência mundial”, acrescentou.

A CBF anunciou as mudanças para esta temporada no primeiro conselho técnico da história que reuniu os clubes participantes, em fevereiro deste ano. Diretores da entidade também estiveram presente. Os conselhos técnicos serão realizados a cada início de temporada, assim como para os Brasileirões Femininos A2 e A3, para criar um espaço de discussão entre CBF e clubes, a fim de fortalecer o futebol feminino brasileiro.

Visibilidade e público da final

A decisão deste domingo entre Corinthians e São Paulo terá a Neo Química Arena como palco. O estádio é uma das principais casas do futebol feminino no Brasil. A expectativa para a partida é de 40 mil torcedores, mas o jogo pode ultrapassar a marca de 42.556 presentes na final de 2023, número inédito entre clubes da América de Sul.

O Majestoso será transmitido em múltiplas plataformas, oferecendo ainda mais visibilidade para a decisão. O confronto começará às 10h e terá as lentes da Globo (TV Aberta), TV Brasil (TV Aberta), do canal GOAT (Youtube), do SporTV (TV Fechada) e do Globoplay (Streaming).

Medalhistas olímpicas

Nos seis meses de disputa, mais da metade do grupo medalhista olímpico de prata esteve no Brasileirão Feminino. Das 18 convocadas pelo técnico Arthur Elias para a Seleção Feminina, 11 conquistaram o segundo lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos de Paris 2024: Lorena (Grêmio), Luciana (Ferroviária-SP), Tainá (América-MG), Tamires, Yasmim, Tarciane, Duda Sampaio, Yayá, Gabi Portilho e Jheniffer (Corinthians) e Priscila (Internacional).

Destas, Tarciane e Priscila se transferiram para o futebol do exterior. A zagueira foi contratada pelo Houston Dash, dos Estados Unidos, na maior negociação do futebol feminino no Brasil, antes de ser ultrapassada pela venda atacante para o América, do México. Embora deixem o Brasileirão Feminino Neonergia, a movimentação de grandes valores reforça o aspecto competitivo e atrativo do campeonato, além de ressaltar a rentabilidade do futebol feminino brasileiro.

A grande campanha olímpica também rendeu as indicações de Gabi Portilho e Tarciane à Bola de Ouro do futebol feminino, renomado prêmio da revista francesa France Football para melhor jogadora do mundo, e de Arthur Elias ao prêmio de treinador do ano do futebol feminino.

Houve também três representantes na equipe olímpica da Colômbia que atuaram na competição: Daniela Arias (Corinthians), Kate Tapia (Palmeiras) e Lady Andrade (Real Brasília-DF).

CBF

Foto:FernandoTorres-CBF

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