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A doação de cestas básicas durante o período eleitoral configura um crime

Em ano eleitoral, é expressamente proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto em casos de calamidade pública, estado de emergência ou em programas sociais pré-existentes. Apesar dessa determinação clara, alguns gestores públicos em municípios brasileiros desrespeitam essa lei, promovendo a entrega de cestas básicas, enxovais de natalidade e outros benefícios, supostamente para ajudar a população. No entanto, essas ações não são simples gestos de apoio; elas configuram uma tentativa de compra de votos, revelando falta de respeito pelo eleitor e ausência de compromisso com a população.

Doar uma cesta básica ou qualquer outro benefício em troca de apoio político não é uma demonstração de cuidado com o povo, mas sim de falta de ideias e de compromisso com uma administração pública ética e responsável. A questão não é a doação em si, mas o momento em que ela ocorre, às vésperas de uma eleição, o que caracteriza um crime eleitoral. Ainda assim, há pessoas que não percebem a gravidade dessa prática, talvez por estarem com os olhos vendados, recebendo o que é de direito, mas no momento errado.

Por que essas ações não foram feitas ao longo dos anos de gestão? Quando ocorreram, serviram apenas para mascarar a incompetência da administração. Esse artifício é utilizado por muitos gestores, cientes de que a população está atenta a essas manobras. Há uma frase que resume bem essa situação: “Cego não é aquele que não enxerga, mas aquele que não quer ver.” O povo é tratado de maneira desrespeitosa, induzido a cometer o erro de vender seu voto e de abdicar de seu direito de escolha livre e consciente.

Todos aqueles que compram votos por meio de cestas básicas ou qualquer outro bem material estão, na verdade, negando ao eleitor a chance de ser convencido pelo compromisso, pela lealdade e pela capacidade de promover mudanças reais. Em vez de oferecer soluções duradouras, como geração de emprego e renda, melhores condições de saúde, educação, saneamento básico, transporte, cultura, esporte e lazer, esses gestores recorrem a ações paliativas e ilegais durante o período eleitoral, deixando a população desassistida logo após o término das eleições.

As eleições para prefeito e vereadores ocorrerão em 6 de outubro de 2024. Este é o momento em que cada eleitor terá a oportunidade de escolher com consciência e responsabilidade aqueles que, de fato, se comprometerão com o bem-estar da população, oferecendo uma gestão focada na geração de emprego, na melhoria dos serviços públicos e na garantia de uma vida digna para todos. Que cada cidadão possa fazer uma escolha livre, sem ser influenciado por falsas promessas e ações eleitoreiras.

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