Ferry Boat: Qual a solução do Governo do Estado da Bahia?
É difícil encontrar um único adjetivo que faça jus ao estado caótico em que se encontra o sistema de ferry boat, responsável pela travessia entre Salvador e Itaparica. Em um final de semana em que apenas uma embarcação estava em operação, a falta de responsabilidade e respeito com os usuários ficou mais evidente do que nunca. Esse cenário de descaso se arrasta há quase 20 anos, período em que o sistema foi gradativamente destruído. Uma embarcação afundou, e outra parece destinada ao mesmo fim, resultado da falta de manutenção e do mau uso do dinheiro público.
Ontem, filas quilométricas fizeram com que muitos passageiros desistissem de cruzar para a ilha ou seus destinos pelo ferry boat, optando por percorrer um trajeto mais longo pela estrada. O tempo de viagem seria menor pelo ferry, mas a ineficiência do sistema empurrou as pessoas para alternativas menos práticas. A imprensa faz a sua parte, cobrindo o caos, mas as notas públicas emitidas pela empresa operadora não trazem soluções. Na manhã desta sexta-feira, a empresa alegou ter três navios em operação, mas, para a surpresa de ninguém, mais um apresentou problemas, enquanto outro navega com restrições. O resultado? Filas ainda maiores e o caos generalizado.
Até quando essa empresa continuará prestando um serviço tão precário? Até quando a agência reguladora, responsável por fiscalizar o sistema, permanecerá omissa? Vale lembrar que essa empresa atua sob concessão do Governo do Estado da Bahia, o maior acionista, e, no entanto, nada é feito para resolver o problema.
A angústia, o sofrimento e o sentimento de descaso só aumentam. E a pergunta que ecoa entre os cidadãos é: o que está fazendo o Governo do Estado para solucionar esse problema?
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