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Casas de Taipa: A responsabilidade que precisa ser assumida

É alarmante que, em pleno século XXI, a população de Vera Cruz ainda enfrente uma realidade tão adversa. Uma cidade com 62 anos de história, situada próxima à capital do Estado, que almeja se destacar como uma das melhores do recôncavo e da região metropolitana, ainda convive com o absurdo das moradias construídas de pau a pique, também conhecidas como casas de taipa. Essas construções, feitas de madeira e barro pisado, remetem a um tempo distante, de escravidão, mas hoje, incrivelmente, ainda são comuns no município. Isso evidencia a falta de ação mais enérgica por parte do poder público para transformar essas habitações em casas de alvenaria.

A questão não é apenas estética ou sobre a forma de construção. Essas casas são impraticáveis e representam um atraso histórico que poderia e deveria ser resolvido pelo poder público. Existem programas do governo federal, como o programa João de Barros, destinados a solucionar problemas desse tipo. No entanto, parece que a secretaria de ação social do município não tem conhecimento ou não faz uso dessas ferramentas. Além disso, essas construções são prejudiciais à saúde, pois são um ambiente propício para a proliferação do barbeiro, inseto transmissor da doença de Chagas.

Diante dessa situação, é evidente que a sociedade está desassistida em dois pilares fundamentais: o social e o da saúde pública. É imperativo que sejam implementadas políticas públicas voltadas para a erradicação desse tipo de moradia. A população de Vera Cruz precisa de uma resposta imediata e de ações concretas para que possam escrever uma nova história, livre dos entraves do passado.

A necessidade de ação do poder público, além de reforçar o impacto social e de saúde que as casas de taipa representam.

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