Você sabe o que era o voto formiguinha?
Se você tem menos de 30 anos de idade, provavelmente nunca ouviu falar nas expressões “voto corrente” ou “voto formiguinha”. São esses os nomes dados a uma modalidade de fraude eleitoral que ocorria nos tempos de votação manual, feita em cédulas de papel.
De acordo com o Glossário Eleitoral, esse tipo de manipulação aparentemente foi inventado no fim do século retrasado, na Tasmânia (Austrália). Porém, também acontecia no Brasil, antes da adoção da urna eletrônica pela Justiça Eleitoral.
Funcionava assim: na seção eleitoral, antes de votar, uma eleitora ou um eleitor retirava uma cédula oficial e trocava por um papel qualquer, que, por sua vez, era depositado na urna de lona. A segunda parte da fraude acontecia fora do local de votação, quando outra pessoa assinalava a candidatura de sua preferência e a entregava para o próximo eleitor, pedindo que ele trouxesse a cédula oficial em branco que recebesse.
Esse processo se repetia sucessivamente, comprometendo o voto de inúmeros eleitores. O problema foi extinto a partir de 1996, com a gradual implementação do voto eletrônico no país.
O Glossário
O serviço on-line da página do TSE traz mais de 300 verbetes utilizados nas esferas da Justiça Eleitoral. As expressões estão dispostas em ordem alfabética para facilitar a consulta pela usuária e pelo usuário.
Além de explicar, de maneira simples e direta, as expressões jurídicas, o Glossário traz referências bibliográficas e históricas sobre os assuntos tratados.
TSE
(Foto: internet)