MP firma acordo com Instituto Fogo Cruzado para compartilhamento de informações sobre violência armada na Bahia
O Ministério Público estadual firmou ontem, dia 10, um Termo de Cooperação Técnica com o Instituto Fogo Cruzado para compartilhamento de informações de casos de violência armada na Bahia. Por meio do acordo, os promotores de Justiça que atuam na área criminal terão acesso a um banco de dados com indicadores como tiroteios, balas perdidas e chacinas. “Essas informações vão subsidiar o trabalho dos promotores de Justiça na área de segurança pública, norteando a atuação ministerial para a tomada de decisões assertivas no controle externo da atividade policial”, afirmou o procurador-geral de Justiça Pedro Maia. Ele complementou que o MP irá empreender esforços para territorializar a atuação do promotor de Justiça criminal, vinculando-o a uma determinada Área Integrada de Segurança Pública (AISP).
O Instituto Fogo Cruzado produz dados, pesquisa e conteúdos sobre violência armada, incluindo mapeamento de tiroteios e disparos de arma de fogo nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. “Podemos construir um BI direcionado para o MP. Assim, a partir dos dados acerca das ações e operações policiais, os promotores de Justiça poderão monitorar quais são as AISPs com tendência de crescimento na letalidade policial”, destacou a diretora de programas do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto. Com o acordo, os promotores de Justiça criminais poderão acompanhar, em tempo real, todos os levantamentos de ocorrências de violência armada no Estado, permitindo que sejam monitoradas as unidades policiais com maior incidência de letalidade policial.
Também estiveram presentes os promotores de Justiça Hugo Casciano, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública (Ceosp); Ernesto Cabral, coordenador do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública do Ministério Público estadual (Geosp); e Aline Cotrim; além de Eduardo Ribeiro, diretor da Iniciativa Negra e porta-voz do Instituto Fogo Cruzado na Bahia.
MP
(Foto: internet)