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A realização de feiras e mutirões geralmente ocorre como resposta à precarização dos serviços

Após o agravamento da precarização dos serviços essenciais, a população vem testemunhando uma série de desafios em diversos setores. Esta realidade se evidencia em áreas cruciais como saúde e educação, onde a falta de atendimento médico e a baixa qualidade das escolas são cada vez mais perceptíveis, principalmente nas regiões mais remotas e desfavorecidas do Estado da Bahia.

Neste contexto, surgem iniciativas como feiras de saúde e mutirões, que buscam mitigar os impactos dessa precarização. Entretanto, tais eventos acabam se tornando uma mera maquiagem para os problemas mais profundos que afetam a sociedade. Os mutirões de regularização eleitoral, por exemplo, são mais uma estratégia política do que uma solução efetiva para as demandas reais da população.

Um dos setores mais afetados é o da saúde, especialmente em municípios do interior, onde a escassez de recursos e profissionais é alarmante. A falta de oftalmologistas, por exemplo, é um problema gritante, levando pessoas de todas as regiões do estado a buscar atendimento em Salvador, sobrecarregando as clínicas da capital.

Os mutirões e feiras de saúde, embora sejam bem-intencionados, muitas vezes não conseguem atender plenamente às necessidades da população devido à falta de infraestrutura e planejamento adequado. É fundamental que os prefeitos dos municípios do interior assumam a responsabilidade de prover serviços de saúde de qualidade, não dependendo apenas de ações pontuais promovidas pelo Estado ou pela União.

Às vésperas das eleições municipais, é crucial que os eleitores avaliem de forma crítica as propostas e ações dos candidatos, priorizando aqueles que apresentam planos concretos para enfrentar os desafios na área da saúde e em outros setores essenciais. A participação cidadã e a escolha consciente dos representantes são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

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