Vitória enfrenta o Fortaleza fora de casa e precisa vencer
O momento do Vitória na Copa do Nordeste pode ser considerado dramático. Pressionado depois da derrota no Ba-Vi, o time precisa vencer as duas partidas que restam na fase grupos da competição regional para sonhar com a classificação, começando pelo duelo contra o Fortaleza, hoje, no estádio do Castelão, na capital cearense.
O jogo se tornou uma decisão, já que va determinar o futuro do Rubro-Negro no regional e um triunfo fora de casa pode responder à pressão pós-derrota no clássico.
O retrospecto do Leão em situações adversas na “era Léo Condé” é favorável. Em diversos momentos, demonstrou força de reação sob o comando do treinador campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. Na própria competição nacional, em fases de oscilação negativa, a equipe conseguiu renovar as estratégias de jogo, mudando a forma de jogar, para surpreender os adversários.
Mas o histórico de superação do grupo treinado por Condé também envolve fatos recentes. Na ocasião mais difícil neste ano, em que o time havia vencido apenas uma entre quatro partidas, o Vitória precisava ganhar do Bahia, considerado por muitos, antes da disputa, um algoz certo.
A equipe vermelha e preta venceu o principal rival e, mais do que isso, convenceu, o que foi fundamental para o aumento da confiança para uma posterior sequência positiva, garantindo a classificação no Campeonato Baiano e uma maior competitividade na Copa do Nordeste.
Superar tabu
Para continuar com chances de classificação no torneio regional, o Leão vai precisar superar um tabu de quase duas décadas sem vencer a equipe cearense. O último triunfo do time baiano ocorreu em 2007, mas se trata de um resultado digno de lembrança. Um 6 a 0 avassalador pela Série B do Campeonato Brasileiro. Considerando o retrospecto mais amplo, existe um equilíbrio entre os tricolores e os rubro-negros, com vantagem baiana.
Em 23 partidas, o Vitória ganhou nove, o Fortaleza levou a melhor em oito. No total, foram seis empates no confronto com características de clássico regional. Nos últimos quatro anos, quatro partidas entre as duas equipes ocorreram, com três triunfos do time tricolor e um empate.
O Colossal tem diversos desfalques para o jogo e ainda terá que contornar o desgaste do clássico Ba-Vi, no qual o time passou parte significativa do segundo tempo com um jogador a menos, por conta da expulsão de Mateus Gonçalves. O volante Dudu, uma das peças fundamentais da equipe, o ponta Iury Castilho e o meia Daniel Júnior estão no departamento médico e não viajaram.
A tendência é que, com apenas dois dias de preparação entre uma partida e outra, o técnico faça apenas mudanças necessárias por desgaste. As correções devem ser mais táticas do que de mudança de atletas. O esquema com três volantes deve se manter para criar dificuldades para o forte setor ofensivo do Fortaleza, que conta com atletas rápidos e decisivos, como os atacantes Yago Pikachu, Moisés e Lucero.
Já no banco de reservas, o técnico rubro-negro contará com um reforço de peso. O meia Jean Mota, principal contratação do clube para a temporada, foi relacionado para o duelo e pode fazer a sua estreia enfrentando sua antiga equipe. E não apenas ele conhece de perto o “Leão do Pici”. O atacante Osvaldo atuou pela equipe cearense e fez história vestindo a camisa tricolor. Do lado adversário, o atacante Marinho deve pintar no jogo, mas provavelmente vai começar no banco.
A Tarde