O esperado eclipse solar total de 2024!
No vasto palco da imensidão celeste, muitos fenômenos fascinantes nos convidam ao encantamento perante as belezas do Cosmos. Um desses espetáculos está prestes a deslumbrar o mundo novamente, resultados de uma dança cósmica entre o Sol, a Lua e a Terra: o eclipse solar total de 8 de abril de 2024.
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, obscurecendo assim a visão do Sol de uma pequena parte da Terra, total ou parcialmente. Tal alinhamento ocorre aproximadamente a cada seis meses, sempre na fase de lua nova, quando o plano orbital da Lua está mais próximo do plano da órbita da Terra.
Ao contrário dos eclipses parciais e anulares, quando apenas parte do Sol fica obscurecida, no caso de um eclipse total, o disco do Sol fica totalmente obscurecido pela Lua. Ao contrário de um eclipse lunar, que pode ser visto de qualquer lugar do lado noturno da Terra, um eclipse solar só pode ser visto de uma área relativamente pequena do mundo.
Como tal, embora os eclipses solares totais ocorram em algum lugar da Terra a cada 18 meses, em média, eles ocorrem em qualquer lugar apenas uma vez a cada cerca de 400 anos, o que confere a raridade do fenômeno e a dificuldade de presenciá-lo.
Durante um eclipse solar total, é possível observar a coroa solar, uma luz difusa ao redor do disco solar que, em condições normais, é ofuscada pela intensa luminosidade do Sol. Nesse momento de rara beleza, essa estrutura composta de plasma extremamente quente (passando de um milhão de graus Celsius) possibilita aos astrônomos estudarem a atmosfera do Sol e seus efeitos sobre nosso planeta.
No dia 8 de abril deste ano, o céu se tornará novamente palco deste espetáculo astronômico. Infelizmente, este evento não será visível do Brasil, ficando restrito somente aos observadores privilegiados do hemisfério norte do planeta, em especial, aqueles na América do Norte: por essa razão tem sido apelidado de Grande Eclipse da América do Norte por alguns meios de comunicação
O caminho da totalidade ou trajetória da sombra lunar na superfície terrestre (isto é, as regiões da Terra onde será possível observar o eclipse solar total), terá como ponto de partida o México, ao amanhecer, e seguirá sua jornada rumo ao nordeste. Cruzando os Estados Unidos, passará por estados como Texas, Oklahoma, Arkansas, Missouri, Illinois, Indiana, Ohio, Nova York, Vermont e, finalmente, chegará no Canadá, antes de se dissipar sobre o Atlântico Norte.
O caminho da totalidade do eclipse solar total do dia 8 de abril.Fonte: Great American Eclipse
Este evento também poderá ser visto parcialmente por observadores na Noruega, Islândia, Irlanda, Grã-Bretanha, Espanha e Portugal, aonde apenas parte do disco solar será obscurecido pela Lua.
Se você se planejou para observar este eclipse solar de perto ou até mesmo, por obra do acaso, você estiver presente em alguma destas localidades, lembre-se: observar este fenômeno requer precauções especiais para proteger os olhos e aproveitá-lo de forma segura! Nunca olhe diretamente para o Sol sem proteção ocular adequada, pois isso pode causar danos irreversíveis à visão.
É sempre indicado a utilização de óculos próprios para observação deste tipo de eclipse que filtram os raios nocivos do Sol. Binóculos, telescópios ou câmeras também devem ter filtros solares apropriados para evitar danos aos olhos e às partes internas dos equipamentos.
Outra opção segura é a projeção do disco solar eclipsado usando um papelão perfurado ou um espelho para refletir a imagem do Sol em uma superfície plana. Isso permite observar o evento sem olhar diretamente para a fonte de luz.
Representação do caminho da totalidade de todos os eclipses solares de 2021 a 2030.Fonte: Great American Eclipse
Porém, se você – como a maioria dos brasileiros – não estiver em algum destes cantos do planeta no dia 8 de abril, ainda poderá acompanhar o evento ao vivo pelos canais e redes sociais da NASA.
O próximo eclipse solar total que será visto do território brasileiro acontecerá somente daqui a 21 anos, no dia 7 de agosto de 2045.
(Tecmundo)
(Foto: internet)