Descaso e transtorno: O sistema Ferry Boat em crise
O estado de sucateamento do sistema ferry boat ao longo dos últimos 17 anos é uma evidência clara de que o governo estadual negligenciou completamente as necessidades dos passageiros que dependem desse sistema obsoleto e falido. Em vez de oferecer uma experiência de viagem tranquila e eficiente, os usuários enfrentam dias de guerra ao tentar utilizar esses navios que operam em condições deploráveis.
Desde a compra das passagens, muitas vezes prejudicada pela ineficácia do sistema, até a espera em salões desconfortáveis com cadeiras precárias, a experiência é marcada por desafios. O acesso aos navios é uma batalha constante com os veículos automotores, sob sol escaldante ou chuva torrencial. Dentro das embarcações, os passageiros disputam espaço com insetos e enfrentam banheiros inadequados tanto nos terminais quanto nos navios.
A deterioração do sistema é óbvia, especialmente quando consideramos os 17 anos de anúncios do governo sobre a construção de uma ponte sobre a Baía de Todos os Santos, ligando Salvador a Itaparica. No entanto, muitos veem essa promessa como uma campanha eleitoreira e duvidam que ela se torne realidade. Durante esses longos 17 anos, as desculpas são as mesmas: “estamos realizando estudos de solo”, enquanto na verdade parece que já se passou tempo suficiente para graduações, pós-graduações e até doutorados em várias universidades.
Com apenas sete embarcações em estado precário de conservação – Pinheiro, Maria Betânia, Rio Paraguaçu, Ivete Sangalo, Ana Nery, Dorival Caime e Zumbi dos Palmares -, a situação é crítica. O povo anseia pela construção da ponte ou por novas embarcações, mas o mais importante é que não enfrentem mais esses perrengues diariamente, algo que é responsabilidade do governo estadual e administrado pela ITS.
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