Dailha Mendes é gente que Faz
A prata da casa de hoje é o nativo, filho de Vera Cruz, município do paraíso baiano, na nossa Ilha de Itaparica.
Seu nome de batismo é Adenilson Farias Mendes, mais conhecido artisticamente como DAILHA MENDES. Dono de uma grande sensibilidade musical, onde os registro de um começo ocorreu com seus primeiros passos no caminho da música, com apenas 4 anos de idade, através de seus pais, o saudoso Mestre Álvaro, mais conhecido como Alvinho, e sua mãe, a grande guerreira, dona Zenaide, ou mãe Zenaide,como é carinhosamente chamada por alguns, pois abraça todos que ela ama, como filhos seus, tem um grande coração. Sou suspeita em falar, porque amo demais. Acho que posso dizer que sorri agora, é muito amor envolvido.
Voltando para seus pais, os pais de Dailha Mendes, eles o iniciaram no candomblé, onde passou a tocar em cerimônias públicas e também nas privadas, como além disso, passou a desenvolver seus dons nas manifestações culturais com o Terno de Reis, evento esquecido pelo município, como outros eventos também, mas isso é para outro texto, e outra matéria, mas ele deu continuidade em outros eventos culturais.
O fato é que ele se apaixonou pelos sons que saía dos atabaques, dos pandeiros, dos chocalhos, e de todos os instrumentos de percussão que estavam se desenvolvendo dentro do seu coração, desde criança, e que futuramente passou a tocar em grande estilo para nossa felicidade, aos que amam a boa música e uma melhor percussão.
Ele nos conta ainda aqui no Visão Cidade que quando completou 11 anos, passou a frequentar as noites de Salvador, acompanhando os primos, nos ensaios dos blocos afros e apresentações de grupos de samba. E foi assim que ele ampliou seus conhecimentos musicais. E de tanto frequentar essa vida noturna no Pelourinho e em outras localidades, ele conseguiu o que sempre almejou, o que sempre pretendeu se tornou realidade,desabafou.Então passou a fazer parte da BANDA OLODUM, que foi criada em 1979. Dailha Mendes fez muito sucesso enquanto integrante do Olodum, fazendo os tambores produzirem som alto e rítmico. Também viajou muito pelo Brasil e pelo exterior, gravando e realizando shows com artistas renomados e internacionalmente conhecidos, como Paul Simon, o grande Caetano Veloso, Salif Kueita, a saudosa Gal Costa, Jimmy Cliff com muito samba reggae, dentre outros.
Mas ele queria mais, e outros sonhos foram se formando em sua mente e queria realizar cada um, como ainda vem realizando. Então ele percebeu que a Banda Olodum era muito pouco pra ele. Seu desejo era muito além de só tocar Surdo e Repique.
Foi então que em 1993 ele seguiu novos rumos. Ficou registrado bons momentos que passou na banda, se sentia mais empolgado quando tocava as músicas: Rosa de Pierre Onassis, Envolvente Olodum de Jauperi na parceria com Pierre Onassis e Berimbau de Marco Antonio, Germano Meneguel e também Pierre.
Após sua saída do Olodum, ele já estava com habilidade em reconhecer os ritmos, as melodias, as harmonias, os timbres, as texturas, todos os elementos da música. Foi então que fez várias audições e conseguiu o que queria, apostou em novas opções de carreira e viajou pelo mundo, tocando vários estilos musicais e outros instrumentos como sempre desejou.
Hoje ele é freelance, oferece seus serviços profissionais como músico percussionista e vem tocando com vários artistas. Inclusive tocou e gravou com a cantora Stella Maris, esposa do Dorival Caymmi que ganhou o Troféu Caymmi em 2004, também tocou e gravou com a cantora Mariene de Castro, artista que ganhou o prêmio Braskem, sob o nome de Troféu Bahia Aplaude, também em 2004.
Hoje ele também é professor, dá aulas de percussão. Fez um trabalho recente no CLT (Centro de Treinamento de Líderes), onde ministrou aulas de percussão para vários educadores de ONGs, espalhados por vários estados do Brasil, promovido pela TIM Brasil Serviços e Participações S. A, realizado no mês de março.
Muitas coisas ele vem realizando, como fez parte da Caravana do Projeto Pixinguinha, acompanhando os artistas: Roque Ferreira, Ivor Lancellotti, Monarco, integrante da Velha Guarda da Portela e Tereza Cristina do Grupo Sementes. Também fez uma apresentação com a FUNART (Fundação Nacional de Artes) do governo brasileiro, em Paris, no mês de junho de 2005, nas comemorações do ano no Brasil na França.
Hoje, DAILHA MENDES adquiriu muitos conhecimentos e se tornou um grande percussionista. E você pode ver isso em shows que ele está presente tocando, visualizando ele tocando carrilhão com maestria, em conjunto com outros instrumentos que vibram e pulsam junto com ele e a plateia se rende ao êxtase, em total harmonia com quem quer que esteja cantando no momento e ele tocando junto aos demais músicos dando o melhor de si.
Quer saber onde ele vai estar nessa virada de ano? Em sua terra natal, como prata da casa escolhido e reconhecido pela Prefeitura de Vera Cruz no réveillon dessa virada de 2023 para 2024 e o site VISÃO CIDADE aproveita para desejar a todos um FELIZ NATAL e um novo ano cheio de realizações para todos.
Por: Sarita Rodrigues
Administradora, Redatora Web e estudante de Medicina Veterinária