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Bahia: Uma paixão sem fronteiras

Após a derrota do Bahia para o São Paulo no estádio da Fonte Nova por 1 a 0, acendeu-se uma luz vermelha em relação à permanência do tricolor de aço na primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 2024. Não faltaram alertas; o time, hoje gerido pelo grupo City, não encontrou sua coesão. O motivo para a falta de sintonia inicial permanece obscuro. Sob o comando de um treinador cujas táticas não inspiravam os jogadores, o Esporte Clube Bahia, uma força no futebol, teve um primeiro semestre com conquistas limitadas, destacando-se apenas no Campeonato Baiano. Em outras competições, a eliminação foi o destino, deixando o Campeonato Brasileiro sem promessas ou compromissos palpáveis.

Com a aquisição de 90% do Esporte Clube Bahia pelo grupo City, os sócios torcedores, reduzidos a apenas 10%, perderam sua voz significativa, tornando-se uma minoria silenciosa. Este declínio ao longo de 2023 colocou o time em uma situação difícil, à beira do rebaixamento para a segunda divisão. Muitas críticas foram direcionadas ao treinador anterior, o senhor Renato Paiva, que, ao renunciar, expressou sua preocupação com a lentidão do time, tornando a permanência na Série A uma tarefa árdua.

Na tentativa de reverter a maré negativa, o Bahia trouxe o treinador Rogério Ceni, mas os resultados foram decepcionantes. O time continuou em declínio, perdendo partidas em casa na Arena Fonte Nova, inclusive com gols no último segundo, evidenciando a falta de coesão. A última declaração do treinador atual sugere que até mesmo ele reconhece as dificuldades, dando a sensação de ter “jogado a toalha”, como dizem os boleiros.

Ao migrar para este projeto, foi anunciado que não se tratava de um empreendimento de curto prazo, mas sim de médio e longo prazo. Os torcedores, cientes disso, ainda encontram dificuldade em aceitar que um clube com a tradição do Esporte Clube Bahia esteja lutando para se manter na elite do futebol brasileiro. Dependendo de derrotas de terceiros para evitar o rebaixamento, a situação é agravada pela necessidade constante de vitórias em um horizonte que parece cada vez mais distante.

Resta ao torcedor a esperança, alimentada pelo amor inabalável ao time. A torcida apaixonada, que superou a marca de um milhão de espectadores nos jogos do Bahia em 2023, é um exemplo notável. Esperamos que essa dedicação contagie também os administradores e detentores do clube, pois o Bahia, mais do que um time, é uma paixão sem fronteiras. Baeaaá!

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