Escola do Legislativo finaliza oficina sobre editais da Lei Paulo Gustavo
A Escola do Legislativo Péricles Gusmão Régis, da Câmara Municipal de Salvador, realizou, na última terça-feira (17), uma oficina em parceria com a Bahia Criativa – escritório público de atendimento ao empreendedor cultural ligado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O objetivo foi dirimir dúvidas sobre os 26 editais da Lei Paulo Gustavo – Bahia (PGBA), que vai repassar cerca de R$150 milhões para fazedores da cultura dos 27 Territórios de Identidade do estado.
Pela manhã, o evento ocorreu no Centro de Cultura da Câmara e, à tarde, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), na Rua das Vassouras, no Centro. A oficina foi capitaneada por Taís Viscardi, coordenadora executiva do Bahia Criativa. Ela auxiliou os participantes com dicas e orientações sobre as normas para a elaboração e submissão dos projetos aos editais.
Entre os participantes, havia representantes de terreiros de candomblé, organizações sociais, produtores e agentes de diversos bairros de Salvador das mais variadas expressões e linguagens culturais.
Como explica a vereadora Marta Rodrigues (PT), diretora da Escola do Legislativo, os 26 editais são fruto de uma ampla escuta por todo o estado e que possuem mecanismos para garantir maior diversidade na distribuição de recursos, como, por exemplo, as cotas para 50% de pessoas negras e 10% para pessoas indígenas. Além disso, serão reservadas vagas para contemplar todos os 27 territórios de identidade da Bahia, como parte da política de territorialização da política cultural do estado.
“O evento foi de extrema relevância na perspectiva de instrumentalizar os fazedores de cultura para acesso aos editais. Na ocasião, além de apresentar um panorama geral dos 26 editais, foi trabalhado o passo a passo para a elaboração de um projeto cultural”, disse Taís Viscardi. Ela explicou, ainda, que cada edital tem uma central de atendimento específica, relacionada ao segmento em questão.
Conhecimento técnico
Para a vereadora Marta Rodrigues, a oficina foi um momento importante de troca, onde muitas dúvidas foram tiradas com a experiência e conhecimento técnico da Bahia Criativa.
“O propósito da Escola é colaborar com a democracia e com a participação popular. Então, fizemos este evento e esperamos que haja o maior número possível de inscrições de projetos nestes 26 editais. Somos uma cidade riquíssima em cultura, arte e memória que, com certeza, vai resultar em ótimos projetos, valorosos para a preservação e manutenção de nossa identidade cultural”, disse.
Uma das dúvidas mais frequentes era sobre em qual edital os projetos poderiam se encaixar. Muitos perguntaram, também, se seria possível se inscrever em mais de um edital com projetos diferentes. A resposta foi positiva: é possível um agente inscrever projetos diferentes de outros grupos em diversos editais, criando uma rede colaborativa entre os empreendedores culturais.
O produtor cultural Vandson Teixeira, coordenador do grupo cultural Face Oculta e promotor do Sarau do Parque São Bartolomeu, disse ter se sentido contemplado: “Nos ajudou a elucidar várias questões. Meu grupo irá escrever o Sarau Cultural no edital de Economia Criativa, por exemplo”.
Câmara Municipal de Salvador
(Foto: Visão Cidade)