Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte
Fruto de projeto da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte completou seis anos no dia 26 de agosto. Como diz Ireuda, a data marca um episódio, “ao mesmo tempo triste e revoltante”, ocorrido em 26 de agosto de 2017, quando a diretora do Ifba, Edna Matos, e sua filha, “foram alvos de covardes ofensas racistas em uma partida de futebol entre Bahia e Grêmio”.
De lá para cá, inúmeros casos continuam a acontecer, tanto entre torcedores, contra esportista e dentro de clubes. “O racismo no esporte é um problema sério que afeta não apenas os atletas, mas também a integridade e os valores do próprio esporte. O racismo não só prejudica o desenvolvimento pessoal desses atletas, mas também impede que eles alcancem seu potencial máximo”, diz Ireuda, que é vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara.
A vereadora completa: “É crucial abordar o racismo no esporte por meio da educação, conscientização e ações concretas. Isso inclui políticas de tolerância zero para comportamentos discriminatórios, treinamento para sensibilização sobre diversidade e inclusão, além de oportunidades equitativas para todos os indivíduos, independentemente de sua origem étnica”.
Para a vereadora, o racismo no esporte é, como em qualquer outro contexto, fruto do período escravista, que qualificou seres humanos pela cor da pele.
“Essa qualificação ainda está muito presente no Brasil, embora de forma mais sutil, e afeta o desenvolvimento da sociedade, pois sufoca e oprime diversos talentos negros. Casos de racismo no esporte são vistos com uma frequência assustadora, tanto no calor das partidas de futebol quanto nos bastidores dos clubes, que na maioria das vezes são omissos ou até mesmo contribuem para a perpetuação de um sistema racista em suas estruturas”, acrescenta.
Câmara Municipal de Salvador
(Foto: Visão Cidade)