GCM capacita para combate à violência contra a mulher e se prepara para implantar Guardiã Maria da Penha, idealizada por Ireuda Silva
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), participou, nesta quinta-feira (13), do início do ciclo de capacitações sobre combate à violência contra a mulher da Guarda Civil Municipal. Serão, inicialmente, 500 guardas capacitados e até o final do ano em todo o efetivo.
De acordo com a corporação, a capacitação e outras ações serão realizadas para a implantação da Patrulha Guardiã Maria da Penha em Salvador. O objetivo é a proteção efetiva à mulher com viés humanizado e com base nos fluxos e protocolos para atendimento de ocorrências da violência doméstica. O projeto foi idealizado por Ireuda Silva, que lutou por sua implantação.
“A Guarda Municipal de Salvador tem demonstrado enorme disposição para acolher e executar iniciativas em defesa da mulher. Com o aumento de denúncias de violência doméstica, é fundamental fortalecer a rede de proteção e apoio, e a Guardiã Maria da Penha vem justamente nesse sentido. Com esse programa, em que os agentes são capacitados e devidamente orientados, o combate à violência contra a mulher será muito mais humanizado e preparado para oferecer o suporte que as vítimas precisam”, diz Ireuda.
A republicana pontua que, além de faltar delegacias especializadas, o machismo ainda predomina nos órgãos de segurança pública. “Muitas vezes, a vítima chega para prestar uma queixa, buscar ajuda, proteção, mas é menosprezada em sua dor. Não é devidamente amparada e, não raro, é culpabilizada pelas agressões sofridas. O agressor às vezes é ouvido e liberado com sede de vingança, o que dá margem a todos esses feminicídios que vemos na mídia”, acrescenta.
Salvador tem um caso de violência doméstica a cada 45 minutos, segundo dados das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher. Além disso, 10.864 medidas protetivas foram distribuídas pela Justiça nos últimos dois anos na Bahia, representando apenas 37,3% dos 29.089 processos de violência contra a mulher abertos no mesmo período no estado. Atualmente, há 85.059 ações penais em curso.
Ascom