NotíciasPolíticaSalvador

Ativista com HIV diz que falta infectologista na Rede Municipal de Saúde

“Estamos há três anos sem médicos infectologistas na Rede Municipal de Saúde”, denunciou Everton Bezerra, integrante da Comissão Especial de Crise HIV/AIDS e HTLV. Ele ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na tarde desta segunda-feira (15). Os trabalhos da 30ª Sessão Ordinária da 3ª Sessão Legislativa da 19ª Legislatura foram conduzidos pelo presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB). O colega Ricardo Almeida (PSC) abriu a sessão.

Ativista das pessoas que vivem com o HIV, Everton Bezerra, também conhecido como Tom, informou que os infectologistas deixaram a Rede Municipal de Saúde por causa da pandemia da Covid-19. Ele pediu o apoio da Câmara e informou que participou de manifestação e de reunião com ex-gestores da Saúde no sentido de obter uma resposta da Prefeitura, “mas, até hoje, o problema não foi resolvido”.

No entendimento de Tom, a Prefeitura vem tratando com “descaso” a questão das pessoas com HIV e HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas), que é da mesma família do HIV e infecta células importantes para a defesa do organismo.

Comentários

No comentário da Tribuna Popular, o vereador Átila do Congo (Patriota) se comprometeu em ajudar, já que faz parte da base do governo. “Muito importante a fala de Everton”, frisou. A vereadora Marta Rodrigues (PT) defendeu o agendamento de uma reunião com a secretária municipal da Saúde, Ana Paula Matos, que também é vice-prefeita de Salvador.

“Precisamos atuar na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Temos que investir em políticas públicas”, afirmou o vereador Leandro Guerrilha (PP). O vereador George Reis, o Gordinho da Favela (PP), se associou aos pares no sentido de encontrar uma solução para o problema da falta de infectologista. Sílvio Humberto (PSB) pediu para Ana Paula Matos “tratar o tema com prioridade”.

A vereadora e enfermeira Débora Santana (Avante) frisou que “conhece de perto o sofrimento das pessoas com HIV e HTLV”. Ela destacou que “o infectologista tem que estar perto da pessoa com o vírus”.

Transporte público

Ainda na sessão ordinária, os vereadores debateram, no Pinga-Fogo, a questão do transporte público de Salvador e a possibilidade de greve dos rodoviários, em campanha salarial. O presidente Carlos Muniz voltou a defender a catraca livre, em caso de greve, para a população não ser penalizada.

Segundo o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), presidente do Sindicato dos Rodoviários, “a campanha salarial é para não ter aumento de tarifa”. O mesmo entendimento foi ressaltado pelo colega Tiago Ferreira (PT): “A luta da categoria não inclui o aumento da tarifa”.

“A greve só vai piorar a situação e não é boa para ninguém”, disse o vereador Paulo Magalhães Júnior (União). Ele informou que o prefeito Bruno Reis está em Brasília tratando a questão do transporte público com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Como alternativa para o sistema de transporte sobreviver, Paulo Magalhães apontou para um subsídio federal.

Câmara Municipal de Salvador

(Foto: VC)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *