Vera Cruz: As Polícias, o CONSEG e as Comunidades
Ao tomar conhecimento da agenda da semana, a nossa Redação conversou com o novo presidente do CONSEG – Conselho Comunitário de Segurança Pública de Vera Cruz-BA, o Sociólogo José Augusto (Zéu) Barbosa, neste final de semana prolongado, em Mar Grande.
VC – Para desempenharem as suas respectivas funções, as Polícias dependem das Comunidades?
Zéu Barbosa – As comunidades são uma realidade, que já existiam, primitivamente, antes das polícias. Foram as Comunidades, no entanto, que passaram a depender das Polícias na aplicação da Política Pública de Segurança, para manutenção da ordem e consecução da Paz Social, haja vista o caos que se instala sem a imposição do cumprimento das leis.
As Polícias, no entanto, precisam das comunidades, por meio dos nativos, moradores de segunda residência, visitantes e empresários, para uma compreensão da realidade além das estatísticas.
É exatamente aí que está evidenciada a importância do Conselho Comunitário de Segurança Pública, representando o “receptor, também protagonista” – como diria o jurista Taurino Araújo, em sua “Hermenêutica da Desigualdade – uma Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais” – que, nada menos, é o pescador, a marisqueira, artesã(o), operária(o) da construção civil ou naval, comerciante, empregada(o) doméstica(o), padre, pastor, professor(a), enfim, população fixa ou flutuante, humilde ou não, que carece dos bens e serviços públicos, para uma vida mais confortável e segura.
VC – A entidade que o Sr passa a presidir, desde o último dia 27, tem o poder de aconselhar as polícias no desempenho das funções delas?
Zéu – O CONSEG não interfere no estratagema, pois o planejamento tático, das tarefas investigativa e ostensiva, é prerrogativa das Polícias Civil e Militar, básica e respectivamente, como também são aquelas tarefas correspondentes ao Corpo de Bombeiros Militar e à Guarda Civil Municipal.
Os membros do CONSEG são construtores de pontes que facilitam o trânsito e estreitam laços entre Polícias e Comunidades, para uma relação harmônica, respeitosa e de confiança.
Neste contexto, também são identificados problemas individuais ou coletivos, encaminhados a outras áreas assistenciais, como as da Educação e Saúde, reduzindo a carga e os efeitos na esfera de atuação policial, reservando para esta os casos considerados graves, puníveis com a letra fria da lei.
VC – Em resumo, qual o objetivo geral, global, do CONSEG?
Zéu – Nossa missão é contribuir para a Evolução da Humanidade, cuidando para que as cidades sejam lugares cada vez melhores para se viver.
VC – O Sr já está com agenda fechada com outras autoridades, para o mês de maio?
Zéu – A agenda do CONSEG deve ser progressiva, e se desdobrará conforme o nosso caminhar. Nossa pretensão é afinar e alinhar os propósitos com autoridades policiais das duas esferas de governo; com os prefeitos, é claro; e com o governador. Então seguiremos para as Comunidades, com ideias consistentes sobre Segurança Pública, dentro das finalidades específicas do CONSEG.
VC – Pretende conversar com o presidente da República?
Zéu – (risos) Gostaria muito, mas, apesar de um CONSEG não ter pauta concreta para debater com o presidente da República, vamos construir uma, a diversas mãos, que seja suficiente para ele se encantar pela Ilha de Itaparica.
O Sociólogo Zéu Barbosa, tem 58 anos de idade, é descendente de Itaparicanos há quatro gerações; funcionário público concursado e Corretor e Perito Avaliador de Imóveis.
Divorciado da Sra Cláudia Freires, com quem tem dois filhos; vive em união estável, há dez anos, com a Sra Cristina Pereira.
Zéu Barbosa compôs a primeira diretoria do Conselho de Segurança da Ilha de Itaparica, há duas décadas; retorna agora, a pedido dos seus pares, a fim de dar sequência aos trabalhos desacelerados no período pandêmico. Naquele ínterim, ocupou cargos de direção municipal nos municípios baianos de Vera Cruz e Itaparica.
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