Adversário indigesto: Bahia tem retrospecto ruim contra Coritiba
Em busca do segundo triunfo seguido na Série A 2023, o Bahia receberá o Coritiba neste domingo (7) na Arena Fonte Nova, às 16h, pela 4ª rodada da competição. E o torcedor que comparecer ao jogo no estádio torce para o tricolor quebrar um tabu que há muito tempo segue firme quando se fala no duelo do Esquadrão contra o Coxa. Considerando jogos de Campeonato Brasileiro (séries A e B), o Bahia não vence os paranaenses com a presença da torcida no estádio há 38 anos. Dá para dizer que esse é um confronto repleto de tabus.
É bem verdade que, nos últimos dois encontros entre as equipes no Brasileirão, em 2020, o Bahia venceu as partidas e já naquela época colocou fim a um jejum de 21 jogos seguidos sem vencer o Coritiba. Na edição de três anos atrás, o tricolor bateu o adversário por 1×0 jogando em Salvador no estádio de Pituaçu, com gol de Rodriguinho, no jogo de estreia da Série A. Acontece que aquele jogo, por conta da pandemia de covid-19, não contou com a presença da torcida na partida.
PUBLICIDADE
Assim como no Couto Pereira, no 2º turno, quando o Bahia venceu por 2×1 sem torcedores no estádio. Aquela partida marcou um triunfo do Bahia jogando fora de casa depois após 35 anos. A última também tinha acontecido no Brasileirão de 1985, justamente a temporada que o Coritiba se sagrou campeão brasileiro.
Naquele ano, o primeiro duelo aconteceu no dia 3 de fevereiro, na Fonte Nova, e foi vencido pelo Bahia por 2×1, de virada. O atacante Índio, artilheiro da equipe paranaense àquela altura da competição, converteu e abriu o placar. No segundo tempo, Leandro foi derrubado na área pela defesa adversária, mas o árbitro José Roberto Wright deu vantagem e Robson aproveitou a sobra para empatar. A virada veio pouco tempo depois com gol marcado por Marinho, após a bola ficar livre no bate e rebate na área.
Pouco mais de um mês depois, em Curitiba, o Bahia voltou a vencer o rival também por 2×1. Leandro marcou o primeiro, de cabeça, o atacante do Coxa Lela empatou, e Celso fez o segundo de pênalti para o tricolor. O curioso é que o zagueiro chutou a bola com tanta força que furou a rede do estádio Couto Pereira.
Na sequência do campeonato, o Bahia acabou sendo eliminado no quadrangular da segunda fase. Já o Coritiba avançou para as semifinais, passou pelo Atlético Mineiro e venceu o Bangu nos pênaltis na final, após empate em 1×1 no tempo normal.
Em toda a história, Bahia e Coritiba já se enfrentaram 30 vezes pelo Campeonato Brasileiro – uma das partidas foi válida pelo Robertão de 1969, primeiro duelo dos dois times na competição. São apenas quatro triunfos para o tricolor e outros nove para o lado paranaense. O resultado que mais se repetiu ao longo da história foi o empate, 16 vezes. Isso implica em um outro tabu, mas do lado do alviverde. A última vitória em Salvador aconteceu há 20 anos, pelo Brasileirão de 2002.
Pela Série B são apenas dois jogos. Uma vitória para o lado do Coritiba e um empate, que aconteceu em Pituaçu. Aquela foi a campanha de acesso do Bahia de volta à primeira divisão e por pouco o tricolor não sacramentou o acesso diante do Coritiba naquele jogo. Já na Copa do Brasil são oito duelos entre os times e, mais uma vez, vantagem para os paranaenses.
Pelo mata-mata o Bahia venceu apenas uma vez, em 1999, por 3×0, e se classificou nas oitavas de final (perdeu o jogo da volta por 1×0). Nas copas de 1996 e 1997 o tricolor foi eliminado pelo Coxa com um empate e uma derrota na primeira fase. E em 2009 foi eliminado pelo critério de gols fora de casa. Empate em 2×2 em Salvador e um 0x0 em Curitiba.
De volta à 2023, ao contrário do retrospecto histórico, a pressão para tirar o jejum vem do lado do Coritiba. Não só para tentar voltar a ser protagonista, mas também para se recuperar no Campeonato Brasileiro. Nesta temporada o Coxa ocupa a vice-lanterna e só somou um ponto em três jogos. Já o Bahia tem a chance de chegar a seis e abrir vantagem da briga no Z4 se levar os três pontos.
A temporada do Coritiba até aqui pode ser um bom indicativo de vantagem para o Bahia. No Campeonato Paranaense a equipe caiu ainda nas quartas de final contra o Cascavel e viu de longe seu maior rival o Athletico, ser campeão estadual. Na Copa do Brasil, o Sport eliminou o Coritiba na terceira fase.
CORREIO